Aviso aos navegantes deste blog

Prezados amigos, estive internado em hospital,em caráter de emergência,entre 04 de julho e 26 de julho de 2010.Durante esse período,fiquei impossibilitado de atualizar este tão querido blog. Além do mais,ao regressar à minha residência constatei que o meu PC também não estava funcionando a contento.Somente depois de sanados todos os problemas do computador, poderei ler as inúmeras mensagens recebidas e respondê-las.Meu estado de saúde melhora a todo momento, mas permaneço sendo submetido a hemodiálise , às 3as, 5as e sábados, por períodos de 4 horas.Procurarei mantê-los informados. Ótimas Notícias: 1.Depois de longo período inativo, nosso computador já está recuperado!!! 2.Apesar desse longo período de inatividade, o blog www.esperantoforadatoca.blogspot.com foi incluído no rol dos concorrentes que estão participando do concurso TopBlog2010,na categoria COMUNICAÇÃO( pessoal). Detalhe: na lista, em ordem alfabética, dos selecionados,procurar dentre os que começam com as letras "www". Prazo para votação :O período de votação do SEGUNDO TURNO pelo Júri Popular (Internauta) e avaliação pelo Júri Acadêmico é do dia 10/10/2010, às 02:00am até 10/11/2010, às 11:55pm horário de Brasília. Abraços do amigo de sempre Fernando J G Marinho

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

ANO INTERNACIONAL DAS LÍNGUAS - 2008



Mensagem do sr. Koichiro Matsuura, Diretor Geral da Unesco, sobre a celebração do Ano Internacional das Línguas em 2008.
(Tradução de Marcus Tulio Flores baseada nas versões publicadas pela UNESCO em inglês, francês e espanhol ).

O ano de 2008 foi declarado "Ano Internacional das Línguas" pela Assembléia Geral das Nações Unidas. A Unesco, encarregada de coordenar as atividades, tenciona assumir de forma resoluta o papel de principal responsável.
A Organização está plenamente consciente da importância decisiva das línguas frente aos inúmeros desafios que a humanidade deverá enfrentar nos próximos decênios.
As línguas são essenciais para a identidade dos grupos e dos indivíduos, bem como para sua coexistência pacífica. Elas constituem um fator estratégico para a obtenção de um desenvolvimento sustentável, além de uma articulação harmoniosa entre o que é global e o que é local.
São de máxima importância para atingir os seis objetivos da Educação Para Todos (EPT), assim como os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), aprovados pelas Nações Unidas em 2000.
Como fatores de integração social, as línguas ocupam, na verdade, um lugar estratégico na eliminação da extrema pobreza e da fome (ODM 1); como suportes na alfabetização, na aquisição de conhecimentos e de competências, são essenciais para tornar real o ensino primário universal (ODM 2); o combate ao HIV e à AIDS (SIDA), à malária e a outras doenças (ODM 6), para chegar às populações atingidias, deve ser feito em suas próprias línguas; a proteção dos conhecimentos e habilidades locais e autóctones, com o objetivo de assegurar uma gestão sustentável do ambiente (ODM 7) está intrinsicamente ligada às línguas locais e autóctones.
Além disso, a diversidade cultural está estreitamente ligada à diversidade lingüística, como mostram a Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural e seu Plano de Ação (2001), a Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial (2003) e a Convenção sobre a Proteção e a Promoção da Diversidade das Expressões Culturais (2005).
Contudo, mais de 50% das 7.000 línguas faladas no mundo correm o risco de desaparecer dentro de algumas gerações. Menos de um quarto delas são utilizadas atualmente em escolas e no ciberespaço, e a maioria delas são usadas esporadicamente. Milhares de línguas - mesmo que perfeitamente dominadas pelas pessoas que as usam cotidianamente como meio de expressão - estão ausentes do sistema educacional, dos meios de comunicação, da indústria editorial e do domínio público em geral.
Por isso é preciso agir. Mas como? Com o encorajamento e com o desenvolvimento de políticas lingüísticas que permitam a cada comunidade lingüística usar sua língua principal, ou materna, tão amplamente e freqüentemente quão possível, incluindo o uso na educação, ao lado do uso de uma língua nacional ou regional e de uma língua internacional. Além de incentivar os falantes das línguas dominantes a usar outra língua nacional ou regional e uma ou duas línguas internacionais. Apenas com a aceitação plena do multilingüismo todas as línguas ocuparão seus lugares no nosso mundo globalizado.
A Unesco, portanto, convida os governos, as organizações da Nações Unidas, as organizações das sociedades civis, as instituições educacionais, as associações profissionais e todas as demais organizações a fomentar em suas atividades o respeito, a promoção e a proteção de todas as línguas, em especial daquelas ameaçadas de extinção, em todas as situações da vida individual ou coletiva.
Quer seja através de iniciativas nos campos da educação, do ciberespaço ou no contexto alfabetizado; quer seja através de projetos para a salvaguarda das línguas ameaçadas ou para a promoção das línguas como instrumentos de integração social; quer seja para explorar a relação entre as línguas e a economia, entre as línguas e os conhecimentos autóctones ou entre as línguas e a criação, é importante promover por toda a parte a idéia de que as línguas são importantes.
A data de 21 de fevereiro de 2008, dia do nono Ano Internacional da Língua Materna, terá nesse contexto um significado particularmente importante e será uma ocasião muito propícia para o lançamento de iniciativas para a promoção das línguas.
Nosso objetivo comum é tornar reconhecida - nacional, regional e internacionalmente - a importância da diversidade lingüística e do multilingüismo nos sistemas educacionais, administrativos e jurídicos, nas manifestações culturais e também nos meios de comunicação, no ciberespaço e nos intercâmbios comerciais.
O Ano Internacional das Línguas em 2008 será uma oportunidade única para alcançar de maneira decisiva a realização desses objetivos.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Noticiário Esperantista (semana de 11 a 17 de novembro 2007


Noticiário Esperantista

Fabiano Henrique
fabhenrique @ bol.com.br


Mais uma escola ensina esperanto

Mais uma escola brasileira se interessa pelo esperanto. O idioma será ensinado no Centro de Ensino Vila Isabel, localizado na cidade fluminense de Três Rios. As aulas serão voltadas aos alunos da 5ª à 8ª séries do ensino fundamental. A coordenação das atividades está a cargo do professor Cláudio Bonfante de Olivera, que aprendeu a língua internacional neutra em 1994, quando era pré-adolescente. A direção do Centro de Ensino Vila Isabel decidiu também iniciar um curso-piloto para professores e funcionários. Serão 30 aulas, previstas para terminar antes do início do ano letivo de 2008. A meta é tornar o ambiente escolar propicio à introdução do esperanto.

Iniciado curso de esperanto em Macaé

Após dois adiamentos, teve início, no dia 10 de novembro, o Curso de Extensão Introdução Geral ao Esperanto. As aulas acontecem na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Macaé. Serão ao todo 10 horas-aula. Compareceram 29 alunos pagantes e um bolsista.

Nova edição de jornal em esperanto chega à internet

Já está na internet a mais nova edição do jornal Le Monde Diplomatique em esperanto. Um dos destaques do mês é o artigo Os Estados Unidos diante do trauma do fim do império, assinado pelo jornalista Philip Golub. O periódico pode ser lido no endereço www.eo.mondediplo.com.

Estudantes africanos aprendem a língua internacional

Cerca de 150 alunos aprendem o esperanto na África. As aulas são dadas na Universidade Nacional de Burundi, ex-colônia belga. Trata-se de um pequeno país, com relevo montanhoso, no interior da região dos Grandes Lagos africanos. Apesar de possuir inúmeros recursos minerais, o Burundi é uma das nações mais pobres do mundo. Aliam-se à pobreza constantes conflitos étnicos internos e com os vizinhos Uganda e Ruanda. A idéia dos esperantistas é levar a cultura da paz para os estudantes locais.

Esperantistas vacilam e perdem convênio com a UNESCO

Cortaram-se as relações entre a UNESCO e a Liga Internacional de Professores de Esperanto (ILEI). A notícia foi divulgada no dia sete do novembro pelo portal noticioso Libera Folio. Segundo fontes ligadas ao site, o fato se deu por causa da omissão da ILEI em mandar relatórios acerca de suas atividades. Após seis anos sem receber informações ou justificativas, a UNESCO viu-se forçada a encerrar o convênio com a Liga de Professores de Esperanto. O principal efeito da decisão será o corte das subvenções que a ILEI recebia. Perguntado sobre o assunto, o dirigente da ILEI, Fraçois La Jacomo, minimizou afirmando que a questão será resolvida facilmente, se necessário.

Mais de 20 mil prestam exames de esperanto na Hungria

Nos últimos cinco anos, mais de 22 mil pessoas prestaram exames públicos de esperanto na Hungria. A língua internacional neutra vem sendo amplamente divulgada naquele país. Em diversas escolas e universidades o idioma figura entre as disciplinas ministradas. A cada ano cresce o número de interessados em aprendê-lo. Em 2004, a Academia Húngara de Ciências declarou que o esperanto faz parte do rol de línguas vivas. Logo após, o Ministério da Educação reconheceu-lhe o valor. A companhia telefônica local decidiu inserir informações em esperanto no catálogo de assinantes. Segundo a direção da Associação Esperantista da Hungria, o país vem dando uma prévia da tão sonhada vitória final.

Rádio Rio de Janeiro promove concurso para festejar 21 anos de programa esperantista

O programa Esperanto, a Língua da Fraternidade vai completar 21 anos no ar. A festa é de todos, mas quem ganha o presente é você!
Participe do concurso “21 anos de Língua da Fraternidade na Emissora da Fraternidade”. Você pode ganhar um moderno rádio-relógio digital.
Para concorrer é muito fácil. Basta responder a pergunta: qual o nome do programa sobre a língua internacional neutra, transmitido pela Rádio Rio de Janeiro, às terças-feiras, a partir das três da tarde?
Viu como é fácil? Então não perca tempo! O resultado será divulgado no dia 18 de dezembro.
Mande suas respostas hoje mesmo! Por e-mail: linguadafraternidade@bol.com.br. Por carta: Estrada do Dendê, 659 – Ilha do Governador. Por fax: 0xx21 3386-1400.
Esperanto e Rádio Rio de Janeiro: unidos na construção de um mundo melhor!
(foto1- Renaud Hetmanek (esq) e Givanildo Costa nos estúdios da Rádio Rio de Janeiro)

domingo, 15 de julho de 2007

REVISTA LÍNGUA PORTUGUESA-nº21, julho 2007




Mais uma vez, a excelente REVISTA LÍNGUA PORTUGUESA (http://www.revistalingua.com.br/ ) prestigia o movimento esperantista chamando a atenção dos seus leitores para o trabalho social realizado pela fazenda-escola Bona Espero, que está completando 50 anos de existência. Que belo presente, a fiel reportagem de seis páginas, ricamente ilustrada com fotos dos abnegados colaboradores daquela instituição, cercados pelo carinho de seus pupilos!
" ESPERANTO NA SALA DE AULA - Escola ensina o idioma artificial a crianças do interior de Goiás" é o título de capa que nos leva à matéria " VIVER em esperanto"( Revista Língua Portuguesa, número 21, julho de 2007).
"CONTAGEM REGRESSIVA PARA A UNIFICAÇÃO-A partir de 2009, o português deverá ter a mesma ortografia em todo o mundo, se o acordo entre os oito países não for torpedeado", " A LÍNGUA DAS ORTOGRAFIAS- os pontos negativos e positivos do novo acordo entre países lusófonos", "O RISCO DE SIMPLIFICAR A MUDANÇA ORTOGRÁFICA", são algumas das outras matérias que certamente atrairão o interesse dos adeptos do esperanto. A propósito, vale a pena recordar o que pensava Medeiros e Albuquerque sobre a questão ortográfica ("Da influência do esperanto nas línguas nacionais" -
www.npoint.com.br/sementeira/tiartig21.html ).E com relação a reformas ortográficas radicais, será que os ilustres lingüistas que opinam sobre o assunto conhecem a experiência coreana? (" O alfabeto fonético coreano" -www.npoint.com.br/sementeira/dpartig07.html ).

quinta-feira, 10 de maio de 2007

NOTICIÁRIO ESPERANTISTA DE MAIO2007


Noticiário Esperantista

Fabiano Henrique
fabhenrique@bol.com.br

Aconteceu, em Moscou, no dia 13 de abril, a conferência O valor pedagógico do esperanto no aprendizado de línguas estrangeiras. O evento teve o patrocínio da Academia Russa de Educação. Segundo fontes ligadas ao Kremlin, as discussões sobre a adoção da língua internacional neutra na rede pública de ensino foram aceleradas a partir do anúncio da possibilidade de realização de um congresso universal do idioma no país nos próximos anos. O Ministério da Educação da Rússia vem estudando detidamente o tema.
Uma opção para o meio do ano é participar da Colônia de Férias Esperantista. Entre os dias 7 de julho e 18 de agosto, o Castelo de Gresillon, na França receberá visitantes de várias partes do mundo para seis semanas de atividades recreativas. Haverá cursos de esperanto em diversos níveis, além de esportes, artes e passeios. Gresillon é considerado o castelo do esperanto, e funciona como casa de cultural do idioma. Inscrições e informações no site www.gresillon.org.
Esperantistas de vários países criaram a Associação de Amigos da Fazenda Bona Espero. Situada no Estado de Goiás, a propriedade destina-se a receber visitantes e promover a iniciativas educacionais junto à comunidade local. A nova entidade tem como meta arrecadar fundos para a manutenção das atividades e recrutar voluntários que falem o esperanto, para trabalhar com os alunos. A associação tem sede na França e é presidida pela esperantista Ewa Scourzice. Contatos pelo e-mail bonesperami@gmail.com.
No dia 13 de maio foi encenada a peça Vida de Médiuns, sob a direção de Gilberto Lepenisck. A renda foi integralmente revertida para a organização do Congresso Infantil de Esperanto, a ser realizado entre oito e 13 de julho, na SUESC. A apresentação ocorreu no teatro do Lar Irmã Zarabatana, situado na Rua Conde de Bonfim, 625, na Tijuca.
Será lançado em setembro o Beletra Almanako. Trata-se de uma publicação anual sobre a literatura escrita em esperanto. O projeto foi idealizado pela editora Mondial, de Nova Iorque. Segundo o redator-chefe, Jorge Camacho, o almanaque terá cerca de 160 páginas e apresentará os lançamentos literários esperantistas de todo o mundo. A princípio serão impressas duas edições por ano. Assinaturas e encomendas podem ser feitas no site www.librejo.com.
O movimento esperantista participará do XVIII Congresso da Federação Internacional de Tradutores. O conclave acontece entre os dias 4 e 7 de agosto, na cidade de Shangai, na China. A idéia de incluir o esperanto no evento é decorrente da relação de cooperação entre a Liga Chinesa de Esperanto, a Revista El Popola Chinio e a Federação Internacional de Tradutores.
O Grupo de Esperanto Pac-horo comemorou 21 anos de atividades. Para marcar a data, a instituição promoveu uma festa no dia 28 de abril. O tema das atividades foi O jovem e o esperanto. Além de atrações artísticas, constou da programação um fórum de debates, a fim de discutir temas ligados à mocidade e à língua internacional. Segundo a direção do Grupo Pac-horo, o evento significou um marco decisivo para a estruturação da juventude esperantista na zona oeste.
Este é o Ano do Ensino do Esperanto na província chinesa de Liaoning. A Associação Esperantista local aproveitou o período para intensificar as iniciativas de difusão da língua internacional. O mais expressivo resultado foi obtido na Universidade Shenyang. Desde o dia primeiro de março, a instituição está oferecendo quatro turmas do curso básico de esperanto. A disciplina faz parte do rol de matérias eletivas. Cerca de 600 estudantes freqüentam as aulas. A comunidade esperantista internacional aplaudiu o trabalho realizado pelos chineses.
A cidade de Taubaté comemorou os 50 anos de fundação do clube esperantista local. A festa aconteceu, no dia 3 de maio, na Creche Joana D’arc. Na ocasião houve apresentação do Coral da Escola de Música e Artes Plásticas "Fego Camargo", homenagens a personalidades esperantistas e a presença dos palestrantes, Paulo Sergio Viana e Maurício Monken.
O portal noticioso Libera Folio completou quatro anos de atividades. O site foi criado pelo ex-diretor da Associação Universal de Esperanto Nikola Rašić. A idéia de fundar uma revista eletrônica sobre o movimento esperantista mundial recebeu aplausos em todo o mundo. Atualmente o site é uma das referências do jornalismo em esperanto. O endereço da página é www.liberafolio.org.
Entre 16 e 22 de julho acontece o Acampamento Internacional Esperantista. O local das atividades será a cidade de Callosa d’en Sarrià, na região de Valencia, próxima ao Mar Mediterrâneo. Da programação constam apresentações artísticas, passeios turísticos e outras atrações. A organização do acampamento está a cargo das juventudes esperantistas Catalã e Valenciana, além da Revista Varsovia Vento. Outras informações no endereço www.esperanto.cat.
Mais uma cidade adota a língua internacional. A Prefeitura Municipal de San Vittore del Lazio, na região central da Itália, anunciou a publicação do site oficial em esperanto. O trabalho de tradução foi realizado pelo esperantista Giuseppe Valente. No portal estão disponíveis informações institucionais, econômicas e culturais sobre a cidade.
O esperanto foi destaque na Feira do Livro de Buenos Aires. A participação do movimento esperantista aconteceu por intermédio da poetisa Maria Cristina Azcona. O presidente da Associação Universal de Esperanto, Renato Corsetti, publicou resenha sobre o mais recente livro da escritora, fato que chamou a atenção dela e dos organizadores do evento. Simpática ao idioma, Maria Azcona convidou a Liga Argentina de Esperanto para divulgar a língua durante o evento. Foram distribuídas centenas de panfletos de propaganda.
A Editora União Planetária lançou o livro A Rua Esperanto. Originalmente escrita em língua internacional, a obra é baseada nas memórias de Luís Zaleskie-Zamenhof, neto do criador do idioma. A tradução foi realizada por uma comissão formada pelos professores Affonso Soares, Ismael Miranda, James Piton e Paulo Sérgio Viana. A revisão foi feita pelos esperantistas José Passini, Reinaldo Ferreira e Paulo Nascentes. O livro A Rua Esperanto foi lançado em Brasília, na Federação Espírita Brasileira, na Legião da Boa Vontade e na Livraria Cultura. Em todas as ocasiões houve palestras em esperanto com tradução simultânea para o português.
Em comemoração aos 150 anos do espiritismo, a Federação Espírita Brasileira relançou a edição em esperanto de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec. A tradução para a língua internacional, feita pelo professor Porto Carreiro Neto, tem sido elogiada ao longo dos anos. A nova edição tem capa dura e foi impressa em papel de alta qualidade, segundo os mais modernos padrões gráficos. A distribuição de O Livro dos Espíritos em esperanto está a cargo a Editora Lorenz.
A Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Macaé vai oferecer um mini-curso de esperanto. A atividade vale 10 horas-aulas, no caso de o aluno ser estudante universitário. Trata-se de uma oportunidade de obtenção de um certificado de proficiência em esperanto emitido por uma instituição de ensino superior. O investimento é de 20 reais, além do material didático. Os dez primeiros inscritos vão receber um livro como brinde. O mini-curso será ministrado no dia 25 de agosto, das 8h às 17h. Outras informações pelo e-mail nandopit@uol.com.br.
Esperantistas de Recife criaram o Grupo de Esperanto Porto Carreiro Neto. A iniciativa partiu dos alunos dos cursos do idioma oferecidos na Federação Espírita de Pernambuco. As reuniões acontecem semanalmente na Avenida João de Barros, 1629, no bairro Espinheiro, Recife. Outras informações no telefone 0xx81 3241-2157.
Aconteceu no dia primeiro de maio o V Encontro Espírita de Esperanto de Porto Alegre. O tema do evento foi Jesus: o iniciador do amor. As atividades ocorreram na União Espírita Porto-alegrense. Marcaram presença os palestrantes Zélia Zaghetto, Marcelo Stoduto e César Dorneles Soares.
O Jornal Correio Braziliense publicou um passatempo fazendo alusão ao esperanto. Foi estampado na edição de 7 de maio um jogo do tipo caça-palavras, com referência à língua internacional. Sob o tema O que é o esperanto? o leitor devia encontrar vocábulos no meio de dezenas de letras emaranhadas, para depois responder as perguntas sobre o idioma. A comunidade esperantista aplaudiu a iniciativa do jornal.
Mais um livro sobre o criador do esperanto vai ser publicado. A Assembléia-geral da Cooperativa Libera Foiro convidou o reitor da Universidade da Polônia, Walter Zelazny, para liderar a empreitada. Na obra, a vida de Lázaro Zamenhof será analisada sob os pontos de vista literário, histórico e sociológico. Espera-se que o livro tenha entre 150 e duzentas páginas. O lançamento está previsto para o ano de 2009.

segunda-feira, 5 de março de 2007

NOTICIÁRIO ESPERANTISTA DE MARÇO 2007

Acusamos o recebimento e agradecemos a remessa de mais um Noticiário Esperantista produzido e divulgado pelo dinâmico companheiro de ideais, Fabiano Henrique

Noticiário Esperantista
Fabiano Henrique
fabhenrique@bol.com.br

O movimento esperantista participou de mais um Encontro Holístico. O evento ocorreu no período do carnaval, na cidade de Campina Grande (PB). O evento reuniu diversas religiões e correntes filosóficas, num clima de respeito e fraternidade. A Associação Potiguar de Esperanto e o Clube Esperantista de Campina Grande divulgaram a língua internacional neutra por meio de exposições, panfletagens e palestras. Os professores Marcos Campos e Graça Pereira organizaram as atividades.

A edição de fevereiro da Revista Esperanto publicou matéria de página inteira sobre o XIX Encontro da Confraternização Esperantista da Zona Oeste (EKOR). A reportagem apresenta fotos tiradas durante o evento e aborda a homenagem feita a Mahatma Gandhi. O trabalho realizado pelos esperantistas cariocas Evandro Caboclo e Djalma Pessata mereceram destaque. A Revista Esperanto é editada na Holanda, pela Associação Universal de Esperanto.

Foi lançada a edição de 2007 do Pasporta Servo. O serviço de hospedagens gratuitas do movimento esperantista abrage 1.294 endereços, em 89 países. O Pasporta Servo consolidou-se como o meio mais barato para o falante do esperanto viajar pelo mundo. Outras informações no endereço www.tejo.org .
O Museu do Esperanto registrou aumento no número de visitantes. A instituição, situada em Viena, foi visitada por 5.025, ao longo do ano passado. O resultado representa um acréscimo da ordem de 62% face aos números verificados em 2004. Não se levou em conta o ano de 2005, uma vez que o museu ficou fechado durante seis meses, por conta da mudança de endereço.

A Confraternização Esperantista da Zona Oeste (EKOR) vai comemorar o primeiro aniversário do Projeto Comunitário Verda Koreto. A iniciativa, coordenada pela professora Hilda Aparecida, visa a atender jovens carentes da Zona Oeste do Rio de Janeiro, aliando promoção social ao ensino do esperanto. A festa acontecerá no dia 25 de março, a partir das 14h, na Rua Venda das Flores, 9 - Casa 4-a, em Guaratiba. Outras informações no telefone 3155-4997.
O Rio de Janeiro será palco do 42º Congresso Brasileiro de Esperanto. O tema do evento é Cem anos de Movimento Esperantista no Brasil: Estratégias para o futuro. Entre 8 e 13 de julho, pessoas de todos os Estados do país estarão reunidas a fim de avaliar iniciativas de divulgação do idioma internacional neutro e traçar novas metas. Esperam-se mais de mil participantes. Haverá palestras, seminários, apresentações musicais, exposições de artes, além de atividades voltadas para os públicos jovem e infantil. A organização do Congresso está a cargo da Associação Esperantista do Rio e Janeiro e da Liga Brasileira de Esperanto. Inscrições e informações nos sites www.esperanto.org.br ou pelo telefone 2240-6119.

A seção chinesa do Grupo Internacional Esperantista de Economia e Comércio promoverá um encontro nacional. O evento ocorre entre os dias 16 e 18 de setembro, na cidade de Rizhao. Dezenas de comerciantes que utilizam o esperanto em seus negócios vão discutir temas ligados ao desenvolvimento de suas atividades.

O site esperantista Rádio Aktiva completou cinco meses no ar. Criada por um grupo de uruguaios, a emissora transmite 24 horas diárias de programação em esperanto pela Internet. Para ouvir, basta acessar o endereço http://radioaktiva.esperanto.org.uy.

Foi lançada na Internet a mais completa lista de instituições esperantistas fluminenses. Trata-se do site Esperanto Rio. Na página, o internauta tem a seu dispor a relação de cursos da língua internacional neutra, com riqueza de detalhes quanto a endereços e horários de aulas. A pesquisa foi coordenada pela Associação Esperantista do Rio de Janeiro e abrange a maioria das cidades do Estado. O endereço da homepage é www.esperanto-rio.info.

O movimento esperantista participou da Bienal Internacional do Livro, em Jerusalém. A Liga Israelense de Esperanto instalou um estande para divulgar a língua internacional neutra. O evento aconteceu entre os dias 18 e 23 do mês passado. O público teve acesso a livros, revistas e material áudio-visual. Durante a Bienal ocorreu o lançamento do selo postal alusivo aos 120 de criação do esperanto. A participação do movimento esperantista israelense no evento foi encarada como uma das mais importantes iniciativas de propaganda promovidas na Terra Santa.

O esperanto fez-se representar no Parlamento Europeu. Ocorreu na semana passada um fórum intergovernamental para discutir questões lingüísticas relativas aos países membros da comunidade. A Associação Universal de Esperanto (UEA) e a Liga Internacional de Professores de Esperanto (ILEI) enviaram representantes. Após um ano de trabalho conjunto entre a UEA e a ILEI, o Departamento de Política Lingüística do Parlamento Europeu aprovou a participação do movimento esperantista no fórum. Como resultado, o primeiro capítulo da obra de referência para as políticas lingüísticas da Europa foi traduzido para o esperanto. O esforço dos esperantistas causou tamanho impacto, que uma das resoluções do fórum foi a autorização para a tradução de todo o livro para a língua internacional.

No dia 18 de março acontece mais um Encontro de Esperanto do Vale do Paraíba. O evento ocorrerá na cidade paulista de Guaratinguetá. Personalidades do meio esperantista nacional asseguraram presença. O local do encontro será o Centro de Convivência da Terceira Idade Terra das Garças, situado na Rua Júlio Nogueira, 110. Outras informações no site www.easp.org.br.

A Liga Argentina de Esperanto anunciou o lançamento da edição de número 28 da revista Argentina Esperanto-Vento. Escrita na línguas internacional e espanhola, a revista pode ser lida pela Internet, no endereço www.esperanto.org.ar.

Será aberta mais uma turma de esperanto na cidade de São Vicente, na Baixada Santista. Trata-se de aulas de conversação, com apoio de material áudio-visual. As atividades terão início no dia oito de março, às três da tarde. A duração do curso é de dois meses. O local será a Escola de Informática Micronautica, situada na Avenida Capitão-mor Aguiar, 696, no Centro de São Vicente.

Os esperantistas agora podem contar com um dicionário completo da língua internacional na internet. Foi reinaugurado o site Reta Vortaro. O endereço do site é www.reta-vortaro.de .

O estudante brasileiro Lucas Vignoli Reis apresentou palestra em esperanto, na França. O tema da preleção foi Brasil: país das diversidades natural e cultural. As atividades ocorreram na cidade de Toulouse, no dia 2 de fevereiro, sob a coordenação do Centro Cultural Esperantista. Houve tradução simultânea do esperanto para a língua francesa. Lucas Vignoli Reis foi contemplado em 2006, pela Liga Brasileira de Esperanto, com o prêmio Jovem Adido Cultural. A premiação consiste numa viagem à Europa, a fim de realizar um curso de especialização na área profissional do ganhador e a concomitante divulgação do Brasil, por meio de palestras em instituições esperantistas do continente.

O mercado editorial esperantista cresceu no ano passado. Segundo a revista La Ondo de Esperanto, foram publicadas 204 obras em e sobre o idioma neutro em todo o mundo. O resultado é cerca de 22% superior ao de 2005. No total, imprimiram-se 30.078 páginas por 114 editoras. A maior parte das publicações trata de assuntos ligados ao ensino da língua. A Polônia aparece em primeiro lugar, com 31 novos títulos. O Brasil figura em sétimo lugar, com dez lançamentos, a maioria dos quais publicada pela Editora Lorenz, do Rio de Janeiro.

Cantores e conjuntos musicais que desejem se apresentar durante o Congresso Brasileiro de Esperanto já podem se inscrever. O Comitê Local do evento iniciou o período de recebimento dos formulários de inscrição. Cada show terá no máximo 40 minutos de duração. Os interessados devem detalhar seus trabalhos e enviar os formulários até 31 de março. Outras informações na página da Associação Esperantista do Rio de Janeiro, no endereço www.aerj.org.br .

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

UM MUNDO EM QUE TODOS SE ENTENDEM É UM MUNDO MELHOR

(O texto abaixo reproduz, apenas, a introdução ao excelente trabalho de autoria de um médico sueco,que acha-se integralmente publicado em vários idiomas, no sítio http://www.2-2.se )

The Enligsh, French and Swedish documents are revised in May 2005.
Este estudo trata da confusão linguística existente na UE, na ONU e no mundo em geral, e foca a necessidade de nos pormos de acordo quanto à língua a usar para comunicar internacionalmente, bem como as razões porque é importante proteger e manter as línguas maternas. Medida esta que terá que ser tomada se não quisermos que muitas delas desapareçam em breve.
Presentemente, a ONU faz uso de seis línguas oficiais e a UE de 21, situação esta que além de difícil é extremamente dispendiosa para todos.
Eu chamo-me Hans Malv e sou médico de profissão. Escrevi este estudo por iniciativa própria, isto é, não o fiz por incumbência de qualquer organização ou entidade com interesses próprios. Também não recebo nenhuma ajuda económica. Por que fiz então este estudo? A resposta é: Porque acho que poder comunicar com outras pessoas, e sobretudo em áreas de línguas diversas, é muito importante para todos nós, cá na terra. Não apenas por razões económicas, mas também por motivos humanitários e culturais.
A minha morada é:Lugna gatan 12SE – 211 60 MalmöSuécia

sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

IDIOMA QUE UNE

O artigo abaixo foi extraído do sítio da Universidade de Brasília (www.unb.br/acs/bcopauta/extensao4.htm)

Idioma que une
Livre de ideologias, esperanto pode servir de ponte entre os povos. UnB tem especialista no assunto
Um brasileiro, um croata e um marroquino. Uma norte-americana, uma chinesa e uma angolana. Nas duas rodas de conversa, o entendimento é perfeito, independente do tema. Algo em comum? O esperanto. Criado para servir de elo conquista novos adeptos a cada dia, em mais de 120 países. Entre os jovens do Brasil e do mundo, a procura por ele cresce como uma resistência a línguas nacionais impostas aos outros países, como o inglês.
A busca por um idioma que integre as nações é, hoje, um dos principais debates nos organismos internacionais, segundo o estudioso de Lingüística e professor da Escola de Extensão da Universidade de Brasília (UnB) Paulo Pereira Nascentes. Atualmente, a Organização das Nações Unidas (ONU) possui sete línguas de trabalho – inglês, árabe, chinês, francês, russo, espanhol e português. Na União Européia, os representantes de cada país têm o direito de se expressar e receber os textos propostos pelas outras nações no seu idioma. Mas essa prática, no entanto, não é simples. “Além de gerar problemas de interpretação, a tradução de todos os documentos para todas as línguas tem um custo muito alto para essas organizações”, explica Nascentes.
Há quem defenda que o inglês, disseminado em todo o mundo, poderia assumir perfeitamente o papel de língua transnacional. Mas a discussão é muito mais complexa, segundo o especialista da UnB, que é também vice-presidente da Liga Brasileira de Esperanto. “Língua é poder. Quem impõe o seu idioma, impõe a sua visão de mundo, a sua cultura”, pontua o professor. “O inglês ou francês, não podem ser elevados ao status transnacional. O Esperanto, por não ser de nenhum país e estar livre de ideologias, pode servir de ponte para todos os povos”, argumenta.
INFLUÊNCIA – Nascentes destaca ainda que o inglês só tomou essa proporção pela grande influência dos Estados Unidos após a Segunda Guerra Mundial. “Não sabemos até quando vai durar esse domínio. Se, por exemplo, amanhã a China se tornar a grande potência mundial, todos terão que aprender chinês”, sugere.
Não há, entretanto, um controle de quantas pessoas falam hoje o Esperanto no Brasil e no mundo. As estimativas são desencontradas e giram entre 2 milhões e 10 milhões de falantes no planeta. “Fica complicado de estabelecer quantos são os esperantistas porque há vários níveis de conhecimento sobre ele”, explica o professor, que propõe uma nova forma de contabilizar o interesse pelo idioma criado: “Acompanho sempre o número de inserções sobre o Esperanto na internet, por meio dos sites de busca. No Google, por exemplo, são mais de 160 milhões de páginas sobre o assunto.”
SIMPLICIDADE – Quando criou o esperanto nos anos 1880 em Varsóvia, na Polônia, o oftalmologista e filólogo Luís Lázaro Zamenhof elaborou uma gramática simples. Com vocabulário baseado em línguas latinas, anglo-saxônicas e eslavas, o idioma tem 16 regras básicas e nenhuma exceção. “A língua é fonética, cada letra representa apenas um som. Isso facilita o aprendizado, porque respeita a intuição do falante”, detalha Nascentes.
Para o especialista, seis meses de estudo da língua são suficientes para aprender o nível básico do esperanto. “Com este tempo, já é possível viajar e conversar com outros esperantistas pelo mundo”, afirma.
CULTURA – Por ser muito novo – ainda nem completou 120 anos – e ter surgido independente da história de um povo, o esperanto é considerado, por muitos, um idioma que não possui valor cultural. Mas, segundo Nascentes, a produção cultural do esperanto ainda está sendo formada. “É um novo ideal de cultura, de caráter transnacional”, destaca. Poetas e romancistas já escrevem diretamente em esperanto. As traduções de autores reconhecidos como William Shakespeare e Franz Kafka também são cada vez mais comuns.
Quanto à expectativa de que o esperanto alcance, um dia, todas as nações e seja coroado como principal meio de ligação entre os povos, o especialista se mostra confiante. “Em todo o mundo, o número de falantes está crescendo, mas é a própria humanidade que vai fazer suas escolhas”, pondera. “O importante é despertar o real sentido do esperanto, de respeito às diferentes culturas e de entendimento entre as nações.”
CONTATOProfessor Paulo Pereira Nascentes pelo e-mail
pnascentes@gmail.com

quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

INTERNETÊS E O ESPERANTO

(Cópia de mensagem enviada por Adonis Saliba ao Jornalista Daniel Piza, em 3 de janeiro de 2007)


Prezado Daniel Piza,

Ontem, pude ver no canal Globo News, um programa sobre o Internetês, em que você participava como debatedor.
Parabéns, foram brilhantes suas abordagens. Realmente, o internetês é uma espécie de código de comunicação que está sendo gerado na modernidade da internet. É fugaz, visa a uma comunicação imediatista, beira o ridículo, algumas vezes, mas é um fenômeno que estamos presenciando nos dias de hoje de comunicação à velocidade da luz. A história o definirá melhor.

Você utilizou como apoio língüístico a citação do "Esperanto", quase como um adjetivo de uma "chave mestre universal". Isso é, no mínimo errado, anacrônico, em relação ao Esperanto real e atual. Concordo com você que a utilização errônea do termo Esperanto é advinda de um tempo na história em que o homem buscava a universalidade para tudo, coisas do início do século XX. A coisa se alterou consideravelmente nos últimos 80 anos, a tal nível que em 1996 foi gerado pelos esperantistas um manifesto, denominado "Manifesto de Praga" que mostra a base do que realmente nós, os esperantistas, acreditamos. Procure no google sobre o Esperanto, que você vai se assustar pela distância do que está usando para o que se pretende e se faz hoje em dia com o Esperanto. Veja que eu escrevo Esperanto com letra maiúscula, pois ele não é nome de língua, mas de um movimento. Uma das traduções existentes para o português, do Manifesto de Praga, está no seguinte endereço:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Manifesto_de_Praga

Se procurar um pouco mais sobre o Esperanto vai notar que além do idioma, estamos batalhando por um mundo melhor, mais democrático, mais cultural, diversificado, sem imposições lingüísticas. Longe de uma aceitação de uma imposição utópica e selvagem de um multilinguismo absurdo, da qual somente se converge para um monoglotismo de interesse anglófono. Em síntese, converge-se para prestígio de alguns em detrimento de todos os demais povos e nações. Por isso, não podemos continuar difundindo um erro que o Esperanto é uma ditadura de universalização linguística, Isso só atrapalha nosso trabalho de divulgação do idioma. O Esperanto que você delineou como adjetivo, realmente inexiste e apenas é propalado por aqueles que não querem nem conhecê-lo, devido ao nível de anglofilia que já chegaram. O Esperanto não é chave mestra de nada, não pode ser um internetês. O Esperanto é um ideal de comunicação onde democraticamente pertence a todos e a ninguém simultaneamente. Com o inglês, a situação é contrária, o qual somos obrigados a usar (isso que é universalização linguística e deletéria para as diversas culturas). O inglês, de início e para sempre, nunca pertencerá a um brasileiro e, por isso, sempre seremos menos considerados pelo inglês que falamos do que uma criança de 5 anos cuja língua pertence a ela. Isso não é bom para nós. O Esperanto existe até mesmo para proteger o inglês de uma deterioração cultural, queremos que o inglês seja usado e falado em alto nível, pelos seus nativos, mas não como um instrumento de poder e de subjulgação.

Bom, não vou te encher a paciência, mas sugeriria que lesse o livro "O desafio das línguas" do linguista internacional Claude Piron. Se quiser ver como o Esperanto funciona e aprendê-lo procure pelo Projeto Nesto, reconhecido até pela Unesco e que gerenciamos aqui no Brasil para mais de 63 paises no mundo, com quase 5500 alunos e com centenas de professores internacionais, coordenados somente em Esperanto.

Bom, mas se nada disso o convencer, peço-lhe encarecidamente que evite difundir um erro histórico citando o Esperanto como "chave universal" ou "língua universal". O Esperanto não é isso, apenas pretende ser uma língua auxiliar de todos os povos e culturas, sem qualquer vínculo com o poder e sem privilegiar classes econômicas e sociais. O Esperanto é antes de tudo um instrumento de democracia.

Abraços e parabéns pelo seu maravilhoso site e trabalho.

Adonis Saliba
__._,_.___