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Prezados amigos, estive internado em hospital,em caráter de emergência,entre 04 de julho e 26 de julho de 2010.Durante esse período,fiquei impossibilitado de atualizar este tão querido blog. Além do mais,ao regressar à minha residência constatei que o meu PC também não estava funcionando a contento.Somente depois de sanados todos os problemas do computador, poderei ler as inúmeras mensagens recebidas e respondê-las.Meu estado de saúde melhora a todo momento, mas permaneço sendo submetido a hemodiálise , às 3as, 5as e sábados, por períodos de 4 horas.Procurarei mantê-los informados. Ótimas Notícias: 1.Depois de longo período inativo, nosso computador já está recuperado!!! 2.Apesar desse longo período de inatividade, o blog www.esperantoforadatoca.blogspot.com foi incluído no rol dos concorrentes que estão participando do concurso TopBlog2010,na categoria COMUNICAÇÃO( pessoal). Detalhe: na lista, em ordem alfabética, dos selecionados,procurar dentre os que começam com as letras "www". Prazo para votação :O período de votação do SEGUNDO TURNO pelo Júri Popular (Internauta) e avaliação pelo Júri Acadêmico é do dia 10/10/2010, às 02:00am até 10/11/2010, às 11:55pm horário de Brasília. Abraços do amigo de sempre Fernando J G Marinho

quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

INTERNETÊS E O ESPERANTO

(Cópia de mensagem enviada por Adonis Saliba ao Jornalista Daniel Piza, em 3 de janeiro de 2007)


Prezado Daniel Piza,

Ontem, pude ver no canal Globo News, um programa sobre o Internetês, em que você participava como debatedor.
Parabéns, foram brilhantes suas abordagens. Realmente, o internetês é uma espécie de código de comunicação que está sendo gerado na modernidade da internet. É fugaz, visa a uma comunicação imediatista, beira o ridículo, algumas vezes, mas é um fenômeno que estamos presenciando nos dias de hoje de comunicação à velocidade da luz. A história o definirá melhor.

Você utilizou como apoio língüístico a citação do "Esperanto", quase como um adjetivo de uma "chave mestre universal". Isso é, no mínimo errado, anacrônico, em relação ao Esperanto real e atual. Concordo com você que a utilização errônea do termo Esperanto é advinda de um tempo na história em que o homem buscava a universalidade para tudo, coisas do início do século XX. A coisa se alterou consideravelmente nos últimos 80 anos, a tal nível que em 1996 foi gerado pelos esperantistas um manifesto, denominado "Manifesto de Praga" que mostra a base do que realmente nós, os esperantistas, acreditamos. Procure no google sobre o Esperanto, que você vai se assustar pela distância do que está usando para o que se pretende e se faz hoje em dia com o Esperanto. Veja que eu escrevo Esperanto com letra maiúscula, pois ele não é nome de língua, mas de um movimento. Uma das traduções existentes para o português, do Manifesto de Praga, está no seguinte endereço:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Manifesto_de_Praga

Se procurar um pouco mais sobre o Esperanto vai notar que além do idioma, estamos batalhando por um mundo melhor, mais democrático, mais cultural, diversificado, sem imposições lingüísticas. Longe de uma aceitação de uma imposição utópica e selvagem de um multilinguismo absurdo, da qual somente se converge para um monoglotismo de interesse anglófono. Em síntese, converge-se para prestígio de alguns em detrimento de todos os demais povos e nações. Por isso, não podemos continuar difundindo um erro que o Esperanto é uma ditadura de universalização linguística, Isso só atrapalha nosso trabalho de divulgação do idioma. O Esperanto que você delineou como adjetivo, realmente inexiste e apenas é propalado por aqueles que não querem nem conhecê-lo, devido ao nível de anglofilia que já chegaram. O Esperanto não é chave mestra de nada, não pode ser um internetês. O Esperanto é um ideal de comunicação onde democraticamente pertence a todos e a ninguém simultaneamente. Com o inglês, a situação é contrária, o qual somos obrigados a usar (isso que é universalização linguística e deletéria para as diversas culturas). O inglês, de início e para sempre, nunca pertencerá a um brasileiro e, por isso, sempre seremos menos considerados pelo inglês que falamos do que uma criança de 5 anos cuja língua pertence a ela. Isso não é bom para nós. O Esperanto existe até mesmo para proteger o inglês de uma deterioração cultural, queremos que o inglês seja usado e falado em alto nível, pelos seus nativos, mas não como um instrumento de poder e de subjulgação.

Bom, não vou te encher a paciência, mas sugeriria que lesse o livro "O desafio das línguas" do linguista internacional Claude Piron. Se quiser ver como o Esperanto funciona e aprendê-lo procure pelo Projeto Nesto, reconhecido até pela Unesco e que gerenciamos aqui no Brasil para mais de 63 paises no mundo, com quase 5500 alunos e com centenas de professores internacionais, coordenados somente em Esperanto.

Bom, mas se nada disso o convencer, peço-lhe encarecidamente que evite difundir um erro histórico citando o Esperanto como "chave universal" ou "língua universal". O Esperanto não é isso, apenas pretende ser uma língua auxiliar de todos os povos e culturas, sem qualquer vínculo com o poder e sem privilegiar classes econômicas e sociais. O Esperanto é antes de tudo um instrumento de democracia.

Abraços e parabéns pelo seu maravilhoso site e trabalho.

Adonis Saliba
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