Aviso aos navegantes deste blog

Prezados amigos, estive internado em hospital,em caráter de emergência,entre 04 de julho e 26 de julho de 2010.Durante esse período,fiquei impossibilitado de atualizar este tão querido blog. Além do mais,ao regressar à minha residência constatei que o meu PC também não estava funcionando a contento.Somente depois de sanados todos os problemas do computador, poderei ler as inúmeras mensagens recebidas e respondê-las.Meu estado de saúde melhora a todo momento, mas permaneço sendo submetido a hemodiálise , às 3as, 5as e sábados, por períodos de 4 horas.Procurarei mantê-los informados. Ótimas Notícias: 1.Depois de longo período inativo, nosso computador já está recuperado!!! 2.Apesar desse longo período de inatividade, o blog www.esperantoforadatoca.blogspot.com foi incluído no rol dos concorrentes que estão participando do concurso TopBlog2010,na categoria COMUNICAÇÃO( pessoal). Detalhe: na lista, em ordem alfabética, dos selecionados,procurar dentre os que começam com as letras "www". Prazo para votação :O período de votação do SEGUNDO TURNO pelo Júri Popular (Internauta) e avaliação pelo Júri Acadêmico é do dia 10/10/2010, às 02:00am até 10/11/2010, às 11:55pm horário de Brasília. Abraços do amigo de sempre Fernando J G Marinho

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

UM MUNDO EM QUE TODOS SE ENTENDEM É UM MUNDO MELHOR

(O texto abaixo reproduz, apenas, a introdução ao excelente trabalho de autoria de um médico sueco,que acha-se integralmente publicado em vários idiomas, no sítio http://www.2-2.se )

The Enligsh, French and Swedish documents are revised in May 2005.
Este estudo trata da confusão linguística existente na UE, na ONU e no mundo em geral, e foca a necessidade de nos pormos de acordo quanto à língua a usar para comunicar internacionalmente, bem como as razões porque é importante proteger e manter as línguas maternas. Medida esta que terá que ser tomada se não quisermos que muitas delas desapareçam em breve.
Presentemente, a ONU faz uso de seis línguas oficiais e a UE de 21, situação esta que além de difícil é extremamente dispendiosa para todos.
Eu chamo-me Hans Malv e sou médico de profissão. Escrevi este estudo por iniciativa própria, isto é, não o fiz por incumbência de qualquer organização ou entidade com interesses próprios. Também não recebo nenhuma ajuda económica. Por que fiz então este estudo? A resposta é: Porque acho que poder comunicar com outras pessoas, e sobretudo em áreas de línguas diversas, é muito importante para todos nós, cá na terra. Não apenas por razões económicas, mas também por motivos humanitários e culturais.
A minha morada é:Lugna gatan 12SE – 211 60 MalmöSuécia

sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

IDIOMA QUE UNE

O artigo abaixo foi extraído do sítio da Universidade de Brasília (www.unb.br/acs/bcopauta/extensao4.htm)

Idioma que une
Livre de ideologias, esperanto pode servir de ponte entre os povos. UnB tem especialista no assunto
Um brasileiro, um croata e um marroquino. Uma norte-americana, uma chinesa e uma angolana. Nas duas rodas de conversa, o entendimento é perfeito, independente do tema. Algo em comum? O esperanto. Criado para servir de elo conquista novos adeptos a cada dia, em mais de 120 países. Entre os jovens do Brasil e do mundo, a procura por ele cresce como uma resistência a línguas nacionais impostas aos outros países, como o inglês.
A busca por um idioma que integre as nações é, hoje, um dos principais debates nos organismos internacionais, segundo o estudioso de Lingüística e professor da Escola de Extensão da Universidade de Brasília (UnB) Paulo Pereira Nascentes. Atualmente, a Organização das Nações Unidas (ONU) possui sete línguas de trabalho – inglês, árabe, chinês, francês, russo, espanhol e português. Na União Européia, os representantes de cada país têm o direito de se expressar e receber os textos propostos pelas outras nações no seu idioma. Mas essa prática, no entanto, não é simples. “Além de gerar problemas de interpretação, a tradução de todos os documentos para todas as línguas tem um custo muito alto para essas organizações”, explica Nascentes.
Há quem defenda que o inglês, disseminado em todo o mundo, poderia assumir perfeitamente o papel de língua transnacional. Mas a discussão é muito mais complexa, segundo o especialista da UnB, que é também vice-presidente da Liga Brasileira de Esperanto. “Língua é poder. Quem impõe o seu idioma, impõe a sua visão de mundo, a sua cultura”, pontua o professor. “O inglês ou francês, não podem ser elevados ao status transnacional. O Esperanto, por não ser de nenhum país e estar livre de ideologias, pode servir de ponte para todos os povos”, argumenta.
INFLUÊNCIA – Nascentes destaca ainda que o inglês só tomou essa proporção pela grande influência dos Estados Unidos após a Segunda Guerra Mundial. “Não sabemos até quando vai durar esse domínio. Se, por exemplo, amanhã a China se tornar a grande potência mundial, todos terão que aprender chinês”, sugere.
Não há, entretanto, um controle de quantas pessoas falam hoje o Esperanto no Brasil e no mundo. As estimativas são desencontradas e giram entre 2 milhões e 10 milhões de falantes no planeta. “Fica complicado de estabelecer quantos são os esperantistas porque há vários níveis de conhecimento sobre ele”, explica o professor, que propõe uma nova forma de contabilizar o interesse pelo idioma criado: “Acompanho sempre o número de inserções sobre o Esperanto na internet, por meio dos sites de busca. No Google, por exemplo, são mais de 160 milhões de páginas sobre o assunto.”
SIMPLICIDADE – Quando criou o esperanto nos anos 1880 em Varsóvia, na Polônia, o oftalmologista e filólogo Luís Lázaro Zamenhof elaborou uma gramática simples. Com vocabulário baseado em línguas latinas, anglo-saxônicas e eslavas, o idioma tem 16 regras básicas e nenhuma exceção. “A língua é fonética, cada letra representa apenas um som. Isso facilita o aprendizado, porque respeita a intuição do falante”, detalha Nascentes.
Para o especialista, seis meses de estudo da língua são suficientes para aprender o nível básico do esperanto. “Com este tempo, já é possível viajar e conversar com outros esperantistas pelo mundo”, afirma.
CULTURA – Por ser muito novo – ainda nem completou 120 anos – e ter surgido independente da história de um povo, o esperanto é considerado, por muitos, um idioma que não possui valor cultural. Mas, segundo Nascentes, a produção cultural do esperanto ainda está sendo formada. “É um novo ideal de cultura, de caráter transnacional”, destaca. Poetas e romancistas já escrevem diretamente em esperanto. As traduções de autores reconhecidos como William Shakespeare e Franz Kafka também são cada vez mais comuns.
Quanto à expectativa de que o esperanto alcance, um dia, todas as nações e seja coroado como principal meio de ligação entre os povos, o especialista se mostra confiante. “Em todo o mundo, o número de falantes está crescendo, mas é a própria humanidade que vai fazer suas escolhas”, pondera. “O importante é despertar o real sentido do esperanto, de respeito às diferentes culturas e de entendimento entre as nações.”
CONTATOProfessor Paulo Pereira Nascentes pelo e-mail
pnascentes@gmail.com

quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

INTERNETÊS E O ESPERANTO

(Cópia de mensagem enviada por Adonis Saliba ao Jornalista Daniel Piza, em 3 de janeiro de 2007)


Prezado Daniel Piza,

Ontem, pude ver no canal Globo News, um programa sobre o Internetês, em que você participava como debatedor.
Parabéns, foram brilhantes suas abordagens. Realmente, o internetês é uma espécie de código de comunicação que está sendo gerado na modernidade da internet. É fugaz, visa a uma comunicação imediatista, beira o ridículo, algumas vezes, mas é um fenômeno que estamos presenciando nos dias de hoje de comunicação à velocidade da luz. A história o definirá melhor.

Você utilizou como apoio língüístico a citação do "Esperanto", quase como um adjetivo de uma "chave mestre universal". Isso é, no mínimo errado, anacrônico, em relação ao Esperanto real e atual. Concordo com você que a utilização errônea do termo Esperanto é advinda de um tempo na história em que o homem buscava a universalidade para tudo, coisas do início do século XX. A coisa se alterou consideravelmente nos últimos 80 anos, a tal nível que em 1996 foi gerado pelos esperantistas um manifesto, denominado "Manifesto de Praga" que mostra a base do que realmente nós, os esperantistas, acreditamos. Procure no google sobre o Esperanto, que você vai se assustar pela distância do que está usando para o que se pretende e se faz hoje em dia com o Esperanto. Veja que eu escrevo Esperanto com letra maiúscula, pois ele não é nome de língua, mas de um movimento. Uma das traduções existentes para o português, do Manifesto de Praga, está no seguinte endereço:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Manifesto_de_Praga

Se procurar um pouco mais sobre o Esperanto vai notar que além do idioma, estamos batalhando por um mundo melhor, mais democrático, mais cultural, diversificado, sem imposições lingüísticas. Longe de uma aceitação de uma imposição utópica e selvagem de um multilinguismo absurdo, da qual somente se converge para um monoglotismo de interesse anglófono. Em síntese, converge-se para prestígio de alguns em detrimento de todos os demais povos e nações. Por isso, não podemos continuar difundindo um erro que o Esperanto é uma ditadura de universalização linguística, Isso só atrapalha nosso trabalho de divulgação do idioma. O Esperanto que você delineou como adjetivo, realmente inexiste e apenas é propalado por aqueles que não querem nem conhecê-lo, devido ao nível de anglofilia que já chegaram. O Esperanto não é chave mestra de nada, não pode ser um internetês. O Esperanto é um ideal de comunicação onde democraticamente pertence a todos e a ninguém simultaneamente. Com o inglês, a situação é contrária, o qual somos obrigados a usar (isso que é universalização linguística e deletéria para as diversas culturas). O inglês, de início e para sempre, nunca pertencerá a um brasileiro e, por isso, sempre seremos menos considerados pelo inglês que falamos do que uma criança de 5 anos cuja língua pertence a ela. Isso não é bom para nós. O Esperanto existe até mesmo para proteger o inglês de uma deterioração cultural, queremos que o inglês seja usado e falado em alto nível, pelos seus nativos, mas não como um instrumento de poder e de subjulgação.

Bom, não vou te encher a paciência, mas sugeriria que lesse o livro "O desafio das línguas" do linguista internacional Claude Piron. Se quiser ver como o Esperanto funciona e aprendê-lo procure pelo Projeto Nesto, reconhecido até pela Unesco e que gerenciamos aqui no Brasil para mais de 63 paises no mundo, com quase 5500 alunos e com centenas de professores internacionais, coordenados somente em Esperanto.

Bom, mas se nada disso o convencer, peço-lhe encarecidamente que evite difundir um erro histórico citando o Esperanto como "chave universal" ou "língua universal". O Esperanto não é isso, apenas pretende ser uma língua auxiliar de todos os povos e culturas, sem qualquer vínculo com o poder e sem privilegiar classes econômicas e sociais. O Esperanto é antes de tudo um instrumento de democracia.

Abraços e parabéns pelo seu maravilhoso site e trabalho.

Adonis Saliba
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