Aviso aos navegantes deste blog

Prezados amigos, estive internado em hospital,em caráter de emergência,entre 04 de julho e 26 de julho de 2010.Durante esse período,fiquei impossibilitado de atualizar este tão querido blog. Além do mais,ao regressar à minha residência constatei que o meu PC também não estava funcionando a contento.Somente depois de sanados todos os problemas do computador, poderei ler as inúmeras mensagens recebidas e respondê-las.Meu estado de saúde melhora a todo momento, mas permaneço sendo submetido a hemodiálise , às 3as, 5as e sábados, por períodos de 4 horas.Procurarei mantê-los informados. Ótimas Notícias: 1.Depois de longo período inativo, nosso computador já está recuperado!!! 2.Apesar desse longo período de inatividade, o blog www.esperantoforadatoca.blogspot.com foi incluído no rol dos concorrentes que estão participando do concurso TopBlog2010,na categoria COMUNICAÇÃO( pessoal). Detalhe: na lista, em ordem alfabética, dos selecionados,procurar dentre os que começam com as letras "www". Prazo para votação :O período de votação do SEGUNDO TURNO pelo Júri Popular (Internauta) e avaliação pelo Júri Acadêmico é do dia 10/10/2010, às 02:00am até 10/11/2010, às 11:55pm horário de Brasília. Abraços do amigo de sempre Fernando J G Marinho

domingo, 24 de dezembro de 2006

CONVITE PARA VISITA IMPERDÍVEL

O portal " Raporto.info em Português"(http://raporto.info/brazilo) é uma versão do portal de notícias sobre o Esperanto Raporto.info. Trata-se de uma belíssima fonte de informações, artisticamente ilustrada, sobre uma variedade incrível de fatos relacionados à línga neutra internacional, onde você pode ler, escrever e comentar notícias. Para participar você deve criar uma conta. Se preferir, escreva para emilio.cid@uol.com.br .
Não deixe de visitar esse maravilhoso "supermercado" de notícias. Esta não é a primeira vez que um proprietário de " tendinha" faz um convite dessa natureza aos seu próprios clientes.
Parabéns, samideano Emílio Cid, por mais este presente que você nos oferece!

sábado, 23 de dezembro de 2006

ESPERANTO:QUE É ISSO?

A mensagem abaixo transcrita, contendo excelente artigo sobre o que é esperanto, nos foi repassada pela pela prezada amiga e coidealista Liette Lêlla, de Camboriu-SC:


De: Alberto Cavassin Wójcik [mailto:zaurak_tucaninho@yahoo.com.br] Enviada em: quarta-feira, 20 de dezembro de 2006 18:06Para: Zaurak¹; Zaurak²Assunto: Texto sobre esperanto

Saudações!

Eis texto sobre esperanto a ser publicado em jornal «Ler × Ler» de gráfica «Extrema Gráfica e Editora Ltda.», de distribuição direcionada para a cidade de Curitiba.

O texto que se segue poderá ser livremente copiado e alterado. Também poderá ser distribuído por quaisquer meios sem necessidade de pedido de permissão por parte de autor.
Em caso de modificação ou uso como base para criação doutro artigo, pede-se encarecidamente que se cite a fonte, ou seja, o nome deste artigo, bem como indique-se nome de autor e endereço eletrônico para contacto.
Obrigado pela atenção!
Alberto Cavassin Wójcik
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Esperanto: que é isso?
De vez em quando, se não muitas vezes, ouve-se, ao falar-se sobre esperanto, o seguinte: «Pensei que fosse uma língua morta.», «Nunca ouvi falar sobre isso.», «Mas afinal de contas, alguém fala isso ainda?». Então temos que esclarecer que se trata de um idioma vivo e com milhões de falantes em todo o mundo.
O idioma esperanto, inicialmente denominado «lingvo internacia» (pronuncie-se «lingvo internatsía») (língua internacional) foi criado com o propósito de servir de meio de comunicação entre humanos que se comunicam por meio de idiomas naturais diversos. Além disso, há um ideal interno, digamos assim, que contém a idéia de fraternidade entre os homens: o uso de algo comum e neutro sem a imposição da cultura e idioma de um sobre o outro. Eis a chave da boa compreensão e respeito a outras pessoas. Além do que saber esperanto é ter acesso a culturas diversas que de outra maneira seriam difíceis de serem conhecidas por meio de português, no nosso caso.
Pode-se argumentar o seguinte: mas para quê aprender esperanto se inglês já é uma espécie de idioma internacional? Bem, convenhamos que inglês é aparentemente universal e que se se alastrou muito se deveu a razões históricas: primeiramente supremacia de império britânico, que entrou tarde em partilha do mundo e já com vantagens devidas à Revolução Industrial que justamente iniciou-se em tal país; posteriormente à influência norte-americana sobre paises diversos. Eis as razões porque idioma inglês é bastante difundido e não por ter alguma vantagem excepcional sobre outros idiomas.
Entretanto usar-se inglês não é estar em condição de igual para igual quando um dos falantes tem tal idioma como pátrio, enquanto outro não o tem, devendo aprendê-lo a duras penas, diga-se de passagem. Ou seja, há custos em termos de tempo e dinheiro. E muitas vezes só se aprende a balbuciá-lo.
Agora vejamos quais são as vantagens de aprendizado de esperanto: neutralidade, facilidade maior de aprendizado por ser idioma regular (diga-se de passagem, que não se aprende idioma qualquer por «osmose» e sim por costume de uso), valor propedêutico. Aprender esperanto ajuda a melhor compreender-se idioma pátrio e até facilita aprendizado de outros.
De longe o idioma esperanto é o mais bem sucedido e famoso dentre os idiomas planejados. Existiram e existem outros idiomas planejados. Entretanto nenhum deles pode concorrer com esperanto: há milhares de obras originais, em poesia e prosa; milhares de outras traduzidas para esperanto; há textos técnicos relativos a diversas ciências, técnicas, artes etc. Há uma vasta literatura à nossa disposição.
O esperanto foi criado em 1.887 por Lázaro Luís Zamenhof, médico polonês nascido em Bialistok, cidade da atual Lituânia. Em tal cidade falavam-se diversas línguas e as incompreensões eram muitas. Ainda jovem, percebeu Zamenhof os problemas que isso causava entre os habitantes de sua cidade. Sendo poliglota, pois era bom conhecedor de latim, grego, francês, alemão, inglês, polonês etc, foi-lhe relativamente fácil conceber um idioma planejado. Relativamente, pois na verdade desenvolver um idioma planejado é um trabalho hercúleo para uma só pessoa.
Já em 1.878 uma primeira versão aparece do idioma internacional neutro. Entretanto por motivos diversos não quis seu criador imediatamente divulgá-lo. Esperou-se até 1.887 para que se o fizesse. Inclusive existe um pré-esperanto, uma forma anterior ao esperanto «clássico», como é conhecido atualmente. Tratam-se de criações geniais do mestre Zamenhof.
Conta-se, inclusive, que ele, para não se expor diretamente, adotou o pseudônimo «Doktoro Esperanto» (doutor Esperanto). Em esperanto, «esperanto» significa «aquele que espera», «aquele que tem esperança». E ele era um homem que tinha esperança num mundo melhor e fraterno. Ao publicar seus primeiros manuais, seu pseudônimo ficou associado à «lingvo internacia» e então foi adotado como nome do idioma.
Basicamente o idioma possui dezesseis regras gramaticais. Por exemplo, todos os substantivos terminam em «o» e todos os adjetivos terminam em «a». Em «lingvo internacia», «lingvo» é substantivo e significa «língua» ou «idioma» e «internacia» é adjetivo, significando «internacional».
Também é um idioma totalmente fonético. Há uma correspondência biunívoca (ou seja, um-para-um) entre sons e morfemas. Por exemplo, «s» sempre tem mesmo som onde quer que se encontre: «taso» (xícara) (pronuncie-se «tásso»), silabo (sílaba) (pronuncie-se «silábo»). Seu alfabeto é composto por vinte e oito letras, dentre as quais cinco são vogais, duas semi-vogais e o restante são consoantes. Ei-las: a b c ĉ d e f g ĝ h ĥ i j ĵ k l m n o p r s ŝ t u ŭ v z.
Vocabulário de esperanto é predominantemente de origem latina. Aproximadamente sessenta por cento de raízes são latinas. Trinta por certo tem origem anglo-germânica e o restante é de origem eslava e outras. Por ser predominantemente latino, há muitas palavras similares e até iguais às de português.
Outra coisa que facilita muito é a total regularidade de conjugação dos verbos. Na verdade, não há conjugação, só tempos e modos. Por exemplo, se eu quiser dizer «eu farei», eu digo «mi faros»; se quiser dizer «nós faremos», digo «ni faros». Ou seja, muda-se apenas sujeito, mas a forma temporal ou modal de verbo mantêm-se inalterada. Isso muito facilita as coisas, não é verdade?
Mais uma coisa que torna tudo mais fácil é que todas as palavras com mais de uma sílaba são sempre paroxítonas, ou seja, acento tônico cai sempre em segunda sílaba de direita para esquerda. Por exemplo, acentos de «Luno» (Lua), «stelo» (estrela) e «Universo» (Universo) caem, respectivamente, em «lu», «te» e «ver». É mais uma facilidade para aprendiz de esperanto, que em esperanto é «komencanto» (aquele que começa) (pronuncie-se «komentsánto» sem nasalar o «a», já que no idioma internacional neutro não existem sons nasais).
Pois bem. Depois de toda essa apresentação, pode-se perguntar o leitor: tudo bem, muito provavelmente é bem mais fácil aprender esperanto do que qualquer idioma natural; mas como poderei usá-lo na prática?
Existem no Brasil dezenas e dezenas de associações esperantistas. Nelas promovem-se cursos, eventos, encontros etc. Pode-se por meio delas adquirir-se livros, revistas, discos de música etc. Existem também os congressos anuais e os universais. Por exemplo, o último congresso brasileiro de esperanto ocorreu em Campinas e o congresso universal de esperanto de 2.002 sucedeu-se em Fortaleza. Ali reuniram-se muitas pessoas das mais diversas terras, todos comunicando-se por meio de um idioma simples, regular, de aprendizado certamente mais fácil e neutro.
Existem muitas revistas com periodicidade variada. Por exemplo, há a «Brazila Esperantisto», da Liga Brasileira de Esperanto. Há revistas para iniciantes como «Kontakto» e «Juna Amiko», editadas no exterior. E outras tantas.
No Brasil o movimento esperantista é forte devido à adoção, por parte dos espíritas, do esperanto como idioma de trabalho. Isso em nada denigre o idioma. É muito louvável tal adoção. Outros movimentos religiosos adotam o esperanto como língua de trabalho, como por exemplo a Igreja Católica que tem transmissões em esperanto pela Rádio Vaticano e toda a liturgia de missa católica traduzida para o esperanto. É também um dos idiomas falados pelo Papa em suas mensagens de Natal e Ano Novo. No Japão existe uma religião chamada Oomoto que também se utiliza do esperanto para divulgar seus ensinamentos por todo o mundo. Na verdade, o esperanto é de todos e é de ninguém! («Esperanto estas ĉies kaj nenies!»).
Existem cantores e bandas de música que cantam e compões em esperanto. No Brasil há o grupo «Merlin», de Belo Horizonte, por exemplo. E há diversas bandas européias, como «Persone», «Kajto» etc.
Até já se fez filme em esperanto, no Brasil. Trata-se de filme denominado «Gerda malaperis» (pronucie-se «Guêrda mal-apêris», sendo que «Gerda» é nome de mulher). Tal filme é baseado em pequeno romance de mesmo nome criado para instruir esperanto a iniciantes. Foi feito em 2.006 e bastante anunciado em último congresso de esperanto, ocorrido na Itália, precisamente em Florença.
Material para leitura e aprendizado não falta. Pode-se comprar em associações esperantistas ou encomendar-se à Liga Brasileira de Esperanto materiais como livros, revistas, discos etc
Pode-se obter também muito material gratuito via Internet. Use-se um buscador qualquer e procure-se por palavras ou frases como: «esperanto» ou «história do esperanto» ou «o que é o esperanto?». Veja-se então a quantidade de páginas existentes. É material para toda a vida. Se você quiser saber sobre cursos de esperanto na Internet basta procurar por «curso de esperanto». Existem vários cursos de esperanto no Brasil, via Internet.
Existe página na Internet de nova empresa que comercializa produtos como livros, discos e até camisetas com mensagens em esperanto. Trata-se de «Pentuvio», cujo endereço é http://www.pentuvio.com. Vale a pena conferir se você tiver acesso à Internet. Materiais são despachados para todo o Brasil.
Existem também bate-papos, por texto e voz, que permitem que se exercite o que foi estudado. Pode-se fazer isso por bate-papo de Startu.net, que é um dos melhores portais existentes totalmente em esperanto. Também se pode usar programas como MSN Messenger, Skype e Paltalk para conversas faladas e escritas.
Enfim, há muitas possibilidades, para todos os gostos e estilos. Basta procurar. Material é que não falta!
Aqui em nossa cidade, no bairro Cajuru, na Rua Miguel Caluf, nº 397 existe a «Casa do Esperanto de Curitiba», uma iniciativa particular e gratuita de divulgação do idioma, onde há reunião e aulas todos os sábados a partir das 15:00. Todos serão bem-vindos. Procure e faça bom proveito!
Ĝis revido! [Djis revido!] (Até à vista!)
Curitiba, 17 de dezembro de 2.006
Alberto Cavassin Wójcik
¤
Para finalizar, damos a seguir alguns endereços tanto convencionais como eletrônicos para que você leitor possa entrar no mundo do esperanto e ser um cidadão do mundo.
Faça bom proveito!

Editora Fonto
Caixa postal 49
C.E.P. 89.801-970
Chapecó - SC
fonto@redamp.com.br

Liga Brasileira de Esperanto
http://www.esperanto.org.br
http://libroservo.esperanto.org.br
bel-libroservo@esperanto.org.br
Edifício Venâncio III, Salas 301 a 303, Setor de Diversões Sul CONIC, Brasília (DF)
Caixa postal 03625 - CEP 70.084-970 - Brasília - DF
Telefones: (61) 3226-1298
Fax: (61) 3226-4446

Paranaa Esperanto-Asocio [Associação Paranaense de Esperanto]
Rua XV de Novembro, 556 (Galeria Lustosa)
10º andar - Sala 1.001 - Curitiba - Paraná

Endereços de páginas multilíngües na Internet:
http://www.esperanto.org
http://www.esperanto.net

segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

CRISE ATUAL,MUDANÇAS E SOLUÇÕES

Francisco Mattos de Oliveira

A humanidade está atravessando um momento de grandes contradições na sua caminhada para a construção de um novo paradigma social.
Recursos tecnológicos oferecem instrumentos que permitem a transmissão de notícias no mesmo instante em que os fatos acontecem nas mais remotas regiões e, não obstante, a população mundial está muitíssimo mal informada.
Diagnósticos de doenças que ainda não manifestaram seus sintomas e algumas cirurgias à distância podem ser feitos por avançados meios eletrônicos. No entanto, é grande o número de pessoas que morrem sem qualquer assistência médica.
Grandes áreas de terras agricultáveis são preparadas por gigantescas máquinas, facilitando o trabalho dos homens e aumentando as fronteiras agrícolas, principalmente no terceiro mundo, produzindo mais alimentos. Entretanto, é lastimável a quantidade de pessoas que morrem de fome no mundo inteiro.
O PIB mundial cresce a cada ano. Porém, aumenta a legião dos que não conseguem tomar para si uma parcela decente das riquezas produzidas no planeta.
Modernos métodos pedagógicos são utilizados em todos os países. Mesmo assim, não se logra resolver o gravíssimo problema da educação no mundo.
Sem dúvida, a humanidade tem diante de si enormes problemas. Guerras, terrorismo de estado ou de grupos fundamentalistas, agressões à Natureza, principalmente causadas pela poluição, que não pode ser eliminada imediatamente sem o inevitável colapso da economia mundial. Em conseqüência, aumento do buraco na camada de ozônio, derretimento de geleiras, alterações do clima, chuvas em excesso ou secas devastadoras. Previsões de modificações na geografia planetária, causadas por abalos telúricos ou por aumento do nível dos oceanos. Corrupção em todos os níveis sociais no mundo inteiro. Doenças que aparecem sem que se descubram os recursos para combater as que surgiram pouco tempo antes. Envolvimento de países relativamente pobres com a produção ou a intermediação de narcóticos, consumidos principalmente nos países ricos, cujas estruturas sociais correm o risco de implosão.
Em poucas palavras, esse é o panorama de uma crise que pode ser considerada desoladora. Mas, como tal, uma oportunidade. É um momento em que não pode faltar a esperança nas soluções que certamente virão, porque há motivos de sobra para considerar a capacidade do ser humano, que na sua epopéia multimilenária venceu, com sabedoria, os obstáculos que se lhe colocaram no caminho.
Essa sabedoria é que fez surgir movimentos sociais com foros de cidadania mundial, empolgando pessoas que lutam pela construção de um mundo mais humano, composto de portadores de uma nova ética, alicerçados numa expansão de consciência que os possibilita reconhecerem-se como membros da grande família mundial.
Contrapondo-se ao comportamento negativo de grande parte da população do planeta que, em virtude de exacerbado egoísmo, é indiferente ou conivente com os problemas citados, estão se alinhando pessoas com uma nova postura diante do Universo, diante da Humanidade e diante de si mesmas.
Em todas as partes do nosso orbe essas pessoas se entregam à luta pela educação, pela paz, pela preservação do meio ambiente, pela melhor distribuição das riquezas, pela eliminação de todos os tipos de preconceitos, pela defesa dos direitos humanos, entre tantos outros movimentos de não menos importância que visam a promoção do homem integral, do homem como um complexo bio-psico-social-espiritual. É por isso que o tempo de uma grande mudança de paradigma social já chegou. Estamos atravessando os pórticos dessa grande transformação. Uma transformação jamais experimentada pela sociedade mundial, porque ela ocorre em toda parte, ao mesmo tempo. Mudança que encontra guarida nas mensagens dos grandes troncos religiosos do mundo. Que seriam aprovadas por homens que passaram pelo nosso planeta elaborando os artigos do estatuto da felicidade humana e lançando alguns dos ingredientes psíquicos que alavancam essas transformações geradoras do progresso inevitável. Entre eles, citamos, p
or exemplo, um Martin Luther King, um Mahatma Gandhi, um Lázaro Luiz Zamenhof.
Relativamente a esse último, podemos dizer que foi um dos maiores cientistas que já respiraram o ar do nosso planeta. Cientista da palavra. Sim, da palavra, que constitui a linha divisória entre os homens e os animais e que possibilitou o progresso desde a emissão dos primeiros sons articulados pelos seres humanos até os nossos dias, quando parte da humanidade atinge a "expressão universal do pensamento", caminhando vagarosa, mas incessantemente, no rumo da globalização dos seus mais nobres valores espirituais.
Sem a palavra não teríamos as cirurgias à distância, não haveria a comunicação instantânea por escrito, pela voz e pela imagem, como já podemos experimentar na Internet. Não teríamos as conquistas espaciais, as grandes obras da engenharia, os avanços da psicologia, da genética, da agropecuária, da economia, da pedagogia, do direito, dos transportes, enfim, de todos os campos da Ciência. Não haveria a possibilidade de fazer chegar a todas as regiões do planeta as mensagens que enriquecem o pensamento humano, que falam sobre o destino grandioso dos homens, sobre os imperativos da fraternidade universal. Não se poderia sonhar com a melhoria da qualidade de vida no planeta. É através da palavra que os homens estão construindo os caminhos que os levarão à democracia plena, inclusive no campo lingüístico mundial. Foi justamente nesse campo que Zamenhof marcou sua passagem como cientista, criando uma língua internacional conhecida no mundo inteiro: o Esperanto.
Esse cientista, filósofo, médico e humanista foi o iniciador dessa língua neutra com relação à política, à religião, à raça, à nacionalidade. Uma língua com bela sonoridade, extremamente simples e, sobretudo, lógica, condizente com os tempos do computador. Uma língua na qual se podem plasmar as mais sublimes expressões do pensamento humano. Uma língua que, não pertencendo a nenhum povo, por via de conseqüência, pertence a todos os povos e que veio para resolver definitivamente o problema da comunicação democrática entre pessoas falantes de línguas diferentes. Uma língua que, certamente, fechará com chave de ouro a chamada globalização. Não a globalização da miséria, da guerra, da ignorância. Porque não se completará a tão badalada globalização enquanto houver uma mãe assistindo a morte do filho, que poderia ser salvo com um pouco de água, algumas colheres de açúcar e uma pitada de sal. Não haverá completa globalização enquanto houver um ser humano sem acesso à escola ou sem u
ma assistência médica básica. Não haverá uma globalização total enquanto as pessoas forem classificadas pela cor da pele ou pela religião professada. Não haverá globalização sem uma democracia plena no mundo. E essa democracia plena só será possível quando a humanidade adotar uma língua democrática na relações entre os povos – uma língua sem donos, ou melhor, uma língua que seja de todos, como o Esperanto. Disse o então vice-presidente da República, Aureliano Chaves, em 1981, durante o 66o Congresso Mundial de Esperanto realizado em Brasília: "O esperanto é uma língua desarmada, que pede licença para entrar em nossa casa". Acrescentamos: se nós, os moradores dessa casa, não concordarmos com os antagonismos que ainda marcam a sociedade mundial, naturalmente abraçaremos o Esperanto.
A demora na prática da proposta do Esperanto não é exceção na arena do mundo em que vivemos. Outros nobres ideais, como a democracia, a liberdade, a fraternidade e as oportunidades iguais para todos, por exemplo, por enquanto não encontraram guarida nos corações humanos, de maneira geral.
No caso do Esperanto, afirmamos que um dos motivos é o fato de não haver, na retaguarda do movimento esperantista, nenhuma potência econômico-política para secundar sua adoção, o que sempre aconteceu com as línguas nacionais que se impuseram como língua internacional de plantão. Aliás, por motivos óbvios, o movimento esperantista dificilmente receberá apoio dessa origem.
E, coincidentemente, por motivos não menos óbvios, os outros movimentos também não contarão com o beneplácito das forças que detêm as rédeas do poder no mundo. Assim, o Esperanto, sendo uma língua que traz consigo uma "idéia interna", ou uma filosofia que possui uma língua própria, está à disposição dos cidadãos livres e progressistas do mundo para que eles se dêem as mãos e, juntos, usem esse instrumento democrático para a convergência dos movimentos aos quais são filiados, movimentos esses comprometidos com a conquista de melhor qualidade de vida para a humanidade, numa sinergia que abreviará a vitória dos homens na luta por um mundo melhor.
www.uea.org - www.esperanto.org.br - www.lernu.net

domingo, 22 de outubro de 2006

DA INFLUÊNCIA DO ESPERANTO NAS LÍNGUAS NACIONAIS

(Texto extraído da 2a edição da obra "Veterano?", de Ismael Gomes Braga, publicada originalmente em esperanto pela Cooperativa Cultural dos Esperantistas , no ano de 1937. Tradução para o português: Fernando J G Marinho)

Será que nos tempos atuais o esperanto já exerce alguma influência nas línguas vivas?
Como esse tipo de influência é percebida?
Essas são perguntas que gostaria de fazer a esperantistas de diversos países. Embora, à primeira vista tais indagações possam parecer ingênuas quixotadas , arrisco responder: Sim.
Eis um exemplo: No Brasil, conservou-se obstinadamente , durante séculos, a ortografia etimológica, que empregava letras desnecessárias como o w e o y, muitas letras mudas, consoantes duplas - sendo que apenas uma delas era pronunciada- e assim por diante...
O eminente acadêmico brasileiro Medeiros e Albuquerque aprendeu o esperanto há 40 anos. Total simplicidade, características essencialmente fonéticas e regularidade na escrita da língua neutra internacional despertaram nele uma fortíssima repulsa pelas complicações desnecessárias da nossa ortografia oficial. Ele mesmo idealizou uma ortografia fonética especial e a utilizou. De forma incessante publicava artigos contra a ortografia nacional e a comparava com a do esperanto. Certa vez, apresentou à Academia Brasileira de Letras uma proposta em que:
Ensinaria , durante meia hora, à 10 pessoas que jamais houvessem escutado algo sobre o esperanto, qual a forma de escrita desse idioma e, posteriormente, as submeteria a um ditado de 50 palavras da citada língua. Na mesma ocasião propunha que a Academia escolhesse 10 dos seus mais eminentes escritores para que fossem submetidos , por ele mesmo, a um ditado de 50 palavras da língua nacional. Caso esses intelectuais, que há decadas estudavam a língua nacional, escrevessem tão corretamente quanto os outros 10, que estudaram apenas durante meia hora, jamais prosseguiria no combate à tradicional ortografia da língua portuguesa.
Nossa gloriosa Academia recusou o desafio.
O famoso escritor, no entanto, continuou na sua vigorosa luta e finalmente venceu.
Por decreto no 20.198, de 15 de junho de 1931, a escrita no Brasil passou a ser oficialmente simplificada e desde então os povos de língua portuguesa têm legalmente uma ortografia obrigatória muito mais semelhante à do esperanto do que a antiga. Ela é semi-fonética, regular, facilmente assimilável.
Certamente caçoarão de mim, se eu tiver coragem de dizer que devemos ao esperanto esse grande passo, mas ninguém tem o direito de negar os trinta anos de luta ostensiva do eminente esperantista a quem o esperanto deve a declaração oficial de "língua clara para o uso em telegrafia" desde 1906.
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Para saber um pouco mais sobre Medeiros e Albuquerque , não deixe de visitar o sítio da Cooperativa Cultural dos Esperantista e ler:
http://www.kke.org.br/pt/dossie/de_babel_ao_esperanto.php
Voltar à relação dos artigos publicados na seção Troca de Idéias

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(
http://ciberduvidas.sapo.pt/php/resposta.php?id=13779):
Tema: Reforma ortográfica brasileira anterior a 1943
Pergunta/Resposta
Reforma ortográfica antes de 43? No penúltimo capítulo do livro “Emília no País da Gramática”, Monteiro Lobato faz uma crítica a uma reforma ortográfica ocorrida no Brasil. O livro foi lançado em 1934 e até aqui eu só ouvi falar da reformas de 43 e de 71. A que reforma ele se refere? Por favor, tirem-me esta dúvida, pois estou fazendo um trabalho e preciso dar esta resposta na minha apresentação.Joelma Araújo Recife Brasil
Provavelmente Monteiro Lobato refere-se ao acordo ortográfico de 1931, entre Portugal e o Brasil. Este acordo foi aprovado no Brasil pelos decretos 20:108 e 23:028, respectivamente de 15 de J[j]unho de 1931 e de 2 de A[a]gosto de 1933. O acordo Portugal-Brasil de 1931, por exemplo, eliminava muitas consoantes não articuladas, só mantendo as do grupo cc quando soassem distintamente. Era um acordo com base na profunda Reforma Ortográfica de 1911, feita em Portugal, dita de Gonçalves Viana. O acordo de 1931 foi depois substituído pelo acordo Portugal-Brasil de 1945, ainda em vigor em Portugal (mas não completamente no Brasil nalguns pormenores, nomeadamente quanto a consoantes mudas mantidas em Portugal). Posteriormente houve vários aditamentos, esses feitos de comum acordo e que tornam a nossa escrita facilmente inteligível de parte a parte. No processo usado em Ciberdúvidas, de dupla grafia quando necessário (e com poucas mudanças, conforme se pode observar neste texto [só três...]), as oito pátrias podem gabar-se de efe(c)tivamente disporem de `uma comum língua escrita de expressão planetária´. O novo acordo ortográfico, de 1990, feito por distintos lingu[ü]istas e aprovado na altura por todos os países com a mesma língua oficial, uniformizava ainda mais a escrita, legitimando as diferenças em todo o universo da língua. Se entrasse em vigor, tornaria até desnecessária a dupla grafia. Ao seu dispor,D´ Silvas Filho
28/05/2004
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(
http://ciberduvidas.sapo.pt/php/correio.php?ano=2005&mes=5)
Reforma ortográfica anterior a 1943
Parabéns pelo serviço prestado à Língua Portuguesa! Venho aqui incomodá-los por causa de uma pergunta/resposta de Março de 2005 sobre as reformas ortográficas anteriores às de 1931 e de 1943, levantada por Joelma Araújo, do Recife. Embora o Governo Brasileiro não tenha ratificado essa reforma ortográfica a Academia Brasileira de Letras aceitou em 1907 a proposta de reforma ortográfica apresentada por Medeiros e Albuquerque (parcialmente inspirada em Gonçalves Viana) e vulgo designada ortografia simplificada. Esta reforma seria revista em 1912 por João Ribeiro. Em 1926 a Academia Brasileira de Letras aprova e adopta o formulário ortográfico da Revista de Língua Portuguesa, para, depois, voltar à de 1907 em 1929 e finalmente em 30 de Abril de 1931 ser assinado o 1.º Acordo Ortográfico Luso-Brasileiro ratificado pelo Governo Brasileiro através do Decreto n.º 20 108, de 15 de Julho do mesmo ano. Em 1943, os Governos Brasileiro e Português assinam uma Convenção Ortográfica, em Lisboa, a 23 de Dezembro. Promulgada por Getúlio Vargas via Decreto n.º 14 533 de 18 de Janeiro de 1944. Grato pela atenção.
Désiré Turpin
Professor
Lisboa
Portugal
20/05/2005
Nós é que lhe estamos muito gratos, prezado consulente, pelos preciosos esclarecimentos. Cf.
Reforma ortográfica brasileira anterior a 1943
Ciberdúvidas da Língua Portuguesa








quarta-feira, 4 de outubro de 2006

Informações da comunidade "Esperanto Noticias"


Noticiário Esperantista
(*)Fabiano Henrique
fabhenrique@bol.com.br

A Associação Esperantista de Trieste, na Itália, anunciou a realização do Festival Internacional de Curtas em Esperanto. Trata-se de um concurso mundial de filmes de até 15 minutos de duração. O tema é livre; mas as falas e legendas têm de ser em esperanto ou italiano. Segundo o diretor do certame, Gianpaolo Coloni, o material, obrigatoriamente inédito, deve ser enviado em DVD ou VHS até o dia 15 de dezembro. Os filmes devem ser acompanhados de currículos dos respectivos diretores, sinopse e ficha técnica. Os concorrentes serão apresentados ao público na Mostra Cinematográfica da Semana da Amizade Internacional, a realizar-se em 25 de fevereiro de 2007. Os primeiros colocados farão jus a troféus, placas de honra ao mérito e livros. Outras informações no e-mail nored@tiscalinet.it.
Em tempos de conflitos no Oriente Médio, esperantistas da região apresentam propostas de pacificação. A Liga Israelense de Esperanto lançou o site da revista Israela Esperantisto. Quem não tiver acesso à publicação no formato tradicional, em papel, agora pode lê-la pela Internet. Segundo o responsável pela revista, o jornalista Sergei Tyrin, foi realizado um trabalho de reformulação completa. Isrela Esperantisto encontra-se no endereço www.ie.esperanto.org.il
Ocorreu, entre os dias 22 e 24 de setembro, a Conferência Anual da Associação Checa de Esperanto. As atividades aconteceram na cidade de Ceske Budejovice, na região sul da Boêmia. Discutiram-se temas como a situação financeira da instituição e métodos de divulgação da língua internacional. Dois filmes com legendas em esperanto foram exibidos no evento. Segundo os participantes, a conferência foi coroada de êxito.
A Associação Potiguar de Esperanto completou 66 anos de fundação no dia 28/09. A data foi comemorada com um jantar para cerca de 80 convidados. Houve concorrida programação artística, com destaque para a apresentação do grupo musical La Pirilampoj. O deputado esperantista Paulo Davim, do Partido Verde, prestigiou a reunião. O parlamentar lembrou a presença de personalidades da cultura nacional, como o folclorista Câmara Cascudo, na primeira reunião da entidade. O site da Associação Potiguar de Esperanto está no endereço www.esperanto-rn.pro.br
Comemorou-se, no dia 7 de outubro, o Ago Tago, o dia mundial de divulgação do esperanto. Esperantistas de todas as partes do mundo foram às ruas apresentar ao público a língua internacional neutra. No Estado do Rio, ocorreram atividades em pelo menos cinco pontos diferentes. Na Capital, houve manifestações no Largo da Carioca, próximo à Avenida Almirante Barroso. Na Ilha do Governador, houve distribuição de panfletos na Portuguesa. Na parte da tarde, os esperantistas invadiram, com faixas e cartazes, o Calçadão de Bangu. Em Niterói, foi realizada panfletagem na estação das barcas. Em São João de Meriti aconteceu exposição de livros e material promocional, na Praça da Matriz.
Entre os dias 13 e 15 de outubro aconteceu o Primeiro Encontro Brasileiro de Esperantistas Espíritas. O tema central foi A casa espírita e o esperanto. Compareceram pessoas de todo o Brasil e de outros países. Foram discutidos meios de intensificar a divulgação do esperanto nos centros espíritas. As atividades ocorreram na cidade paulista de Ribeirão Preto.
O Projeto Nesto ganhou o prêmio CIGNO, conferido pela Associação Universal de Esperanto (UEA). A premiação objetiva distinguir relevantes iniciativas e atividades em prol da língua internacional neutra. A comunicação foi feita no último congresso mundial do idioma, realizado em Florença. Os brasileiros Adonis Saliba e Márcio Silva, administradores do projeto, foram aplaudidos por mais de 2.200 esperantistas. O presidente da Liga Internacional de Instrutores de Esperanto, o Professor Radojica, da Sérvia, afirmou que o Projeto NESTO é a maior escola de esperanto da atualidade. O presidente da UEA, Renato Corsetti, incumbiu a administração do projeto a empenhar-se na divulgação do sistema na África e no sudeste asiático.
Entre os dias 2 e 5 de novembro, ocorre, na cidade argentina de Wanda, o Seminário Esperantista Polônia, a pátria de Lázaro Zamenhof. A região está situada a 50 km de Foz do Iguaçu (PR). O evento será inteiramente gratuito em tem a finalidade de aproximar esperantistas da América do Sul. O seminário vai abordar a imigração e a cultura polonesas e sua ligação com o esperanto. Outras informações no site www.esperanto.org.br/bejo
O esperanto está sendo ensinado na 22ª Circunscrição do Serviço Militar, de Caruaru, em Pernambuco. Segundo o Serviço Espírita de Informações (SEI), o espaço onde ocorre o curso foi gentilmente cedido pelo Exército ao Grupo de Estudos Espíritas Chico Xavier, responsável pela iniciativa. As aulas começaram no dia 12 de setembro, sob a orientação do presidente da Associação Esperantista de Pernambuco, Luiz Márcio Oliveira Assunção.
O Centro Espírita Leon Denis promoveu o V Encontro Espírita Esperantista. O evento ocorreu no dia 10 de setembro. O tema central foi O esperanto e sua missão no terceiro milênio. O professor José Passini palestrou sobre o assunto. O cantor Alexandre Sankor apresentou-se durante o momento de arte.
A Biblioteca Mario de Andrade, situada na capital paulista, recebeu um pacote contendo dez livros relativos ao esperanto. A doação foi feita pela Cooperativa Cultural dos Esperantistas. Desde 2001, mais de 50 instituições receberam obras didáticas e literárias sobre a língua internacional. A iniciativa faz parte da Campanha o Esperanto nas Bibliotecas.
O movimento esperantista da cidade fluminense de Três Rios participou das comemorações do dia 7 de setembro. Um grupo de falantes do idioma desfilou, portando faixas e cartazes, junto a alunos e professores do Colégio Estadual Moacyr Padilha. O esperanto mereceu destaque por ter sido a língua-ponte para a realização de uma experiência bem sucedida naquela escola. A partir de contatos com esperantistas japoneses, passou-se a ensinar matemática com o auxilio do ábaco. O instrumento de origem chinesa popularizou-se de tal forma, que, em Três Rios, são organizados concursos de rapidez de cálculo.
O trinômio Evangelho-Espiritismo-Esperanto cada vez mais dá mostras efetiva funcionalidade. Ocorreu no dia 11 de setembro, na cidade de Santos, o II Congresso Brasileiro de Pedagogia Espírita. A organizadora do evento, a professora Dora Incontri, convidou os também professores José Pacheco, de Portugal, e Przemysław Grzybowski, da Polônia. O polonês realizou suas apresentações em esperanto, com tradução simultânea para o português. O fato atraiu a atenção do público presente para o uso prático da língua internacional neutra. Grzybowski é um dos responsáveis pela organização do movimento espírita em seu país, tendo como base as obras de Allan Kardec publicadas em esperanto pela Federação Espírita Brasileira.
Desencarnou, nas primeiras horas do dia 11 de setembro, o esperantista britânico William Auld. Considerado um dos mais importantes escritores da língua internacional, ele nasceu em seis de setembro de 1924. Segundo o jornalista Baldur Ragnarsson, do site Libera Folio, Auld exerceu grande influência na evolução da poesia originalmente escrita em esperanto.
O Centro Espírita de Jacarepaguá promoveu o Segundo Encontro Espírita Esperantista. O tema do evento foi Os grandes vultos do esperanto – missão do homem inteligente na Terra. O palestrante principal foi o professor Paulo Carvalho. Entre as atrações mereceu destaque a apresentação de esquete teatral realizada pelos alunos do Esperanto-grupo Lázaro Luiz Zamenhof.
Cerca de 30 pessoas estiveram presentes, no dia 16 de setembro, na Biblioteca Popular de Bangu, para a inauguração da Sala Zamenhof. A instituição abriu espaço para o esperanto há mais de 20 anos, por intermédio de sua diretora, Nadir Carvalho, atendendo a uma reivindicação do radialista Givanildo Costa. A cerimônia contou com a presença da esperantista húngara Ágnes Berényi. O espaço, recentemente reformado, conta agora com uma foto do criador do esperanto na parede. Outras novidades estão por vir, como a inauguração de um busto e um mural. A visitante estrangeira agradeceu a todos pela acolhida, com palavras que foram compreendidas por todos, provando mais uma vez a funcionalidade da língua internacional. A confraternização atingiu o ápice quando se cantou "La Espero", o hino do esperanto.
A Federação Espírita Brasileira (www.febnet.org.br) e a Editora Lorenz anunciaram o relançamento do livro Kio Estas Spiritsmo? Trata-se da versão em esperanto de O que é o Espiritismo, de Allan Kardec. A obra foi traduzida pelos catedráticos esperantistas Porto Carreiro Neto e Ismael Gomes Braga. A reedição recebeu capa e projeto gráfico novos. Espera-se que Kio Estas Spiritismo? continue a divulgar os fundamentos da Doutrina Espírita em todo o mundo, como vem fazendo há mais de 40 anos. A Federação Espírita Brasileira pretende relançar outras obras básicas de Kardec, como La Libro de la Spiritoj e La Evangelio lau Spiritismo. O projeto está condicionado à aceitação de Kio Estas Spiritismo? pelo mercado. Antes mesmo de chegar às lojas, esperantistas espíritas de todo o Brasil vêm promovendo iniciativas de divulgação do livro.

(Responsável pela criação de uma das mais interessantes e úteis comunidades do Orkut:" Esperanto Notícias")

quarta-feira, 20 de setembro de 2006

Esperanto no portal da enciclopédia livre

Para ter uma visão bem ampla do que realmente é o esperanto, não deixe de fazer uma visita ao portal " WIKIPÉDIA- A enciclopédia livre (http://pt.wikipedia.org/wiki/Esperanto)

terça-feira, 12 de setembro de 2006

VALE A PENA CONTAR AQUI NESTE "BLOG"?

As duas mensagens abaixo transcritas foram extraídas de uma lista de debates ,bastante conhecida no meio esperantista brasileiro, denominada EKi(http://www.monda.org/eki).
Achamos extremamente oportuna a indagação do co-idealista Emílio Cid , incansável batalhador pela divulgação do esperanto: "Vamos sair da toca pessoal ???".
Fernando J G Marinho

Mensagem: 2
Data: Mon, 11 Sep 2006 19:37:49 -0300

De: "Emilio Cid"
Assunto: Vale a pena contar aqui na lista ??

Aconteceu aqui em Santos algo que eu não sei se devo contar para vocês, ou omitir como geralmente se faz.
Mas vou contar:
Apareceu aqui um polonês que fez palestras EM ESPERANTO em um congresso na universidade Sta. Cecília.
Ele fez 3 palestras, sempre com um tradutor e ainda uma oficina sobre Esperanto na Educação.
A platéia era grande, com cerca de 300 pessoas vindas de todo pais. Ele foi a grande atração do congresso, seu nome Prof. Dr. Przemyslaw Grybowski. Alem de ser uma autoridade em pedagogia, ele é super-hiper carismático. Muitos ficaram interessados em aprender Esperanto por causa dele.
O principal palestrante, a grande atração estrangeira do congresso, usava apenas o Esperanto, com tradução simultânea de Clovis Alves Fortes (de MG). Isso mostrou o Esperanto como língua realmente funcional, útil e muito atraente.
Antes de passar em Santos, o Pshemek (apelido) passou nas cidades de SP, Uberlândia,Catalão, Ceres, Paracatu,Cristalina,
Goiânia,Brasília,BH,Campo Grande,Taguatinga, entre outras.
Eu fico me perguntando, por que NINGUÉM dessas cidades comentou NADA sobre a passagem dele aqui no Brasil ?
Será que isso não importa ? Eu somente fiquei sabendo dele porque a Super-Mima me mandou uma mensagem particular.
Se acontece algo em sua cidade, é MUITO IMPORTANTE PARA O MOVIMENTO avisar na lista com antecedência e depois mostrar fotos, escrever um sucinto relatório com conclusões, análises, críticas e elogios. Como o futuro jornalista Adonis já comentou, isso é muito importante.
Se algo acontece em Santos e eu não falo nada, vocês ficam pensando que NADA aconteceu em Santos. Se algo acontece em Varginha e ninguém fala nada, todos ficam pensando que nada aconteceu em Varginha. E assim fica-se com a impressão de nada aconteceu em lugar algum. Isso leva muito desânimo para quem está no movimento.
Se acontece algo de legal em Mirandópolis e que deu certo, se eu ficar sabendo, eu posso copiar aqui em Santos. Se tem algo que deu errado, eu posso evitar.
INFORMAÇÃO é vital ao nosso movimento.
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Por causa da Mima, fiquei sabendo da vinda o Polonês aqui para minha cidade.. Tentei contatá-lo diretamente por e-mail e também a direção do congresso, mas não obtive resposta. Os esperantistas que organizaram a vinda dele, tampouco se lembraram de entrar em contato com o nosso grupo Esperantista daqui. Muito menos fui convidado para o congresso, nem que para um breve contato pelo Esperanto.
Mas não teve problema. Peguei minha cara de pau e entrei no congresso sem crachá mesmo. Felizmente ninguém me barrou. Quando perguntei pelo polonês que fala esperanto, logo me perguntaram se eu falava também, e onde poderiam aprender a língua.
Tive uma sorte incrível e achei o polonês. Com minha cara de pau me apresentei. Esperava um europeu frio, encontrei um jovem Prof. Dr. muito aberto e simpático. Consegui filmar uma conversa com ele, e dentro de 2 dias mostro para vocês.
Infelizmente por falta desse contato anterior, o Pshemek não pode dar informações precisas sobre onde aprender Esperanto na Baixada Santista, passou apenas os cursos da internet. Poderíamos montar uma turma extra para aproveitar esse entusiasmo, mas infelizmente por FALTA DE COMUNICAÇÃO isso não aconteceu.
Por favor, sigam o exemplo do Sartorato e outros poucos que contam tudo o que acontece.
Bom, o Pshemek agora esta em SP e irá para Campo Grande, se você quiser entrar em contato com ele, me escreva que eu passo seu endereço em particular.
Vamos sair da toca pessoal ???
Emilio
[Esta mensagem continha anexos]

Mensagem: 5
Data: Mon, 11 Sep 2006 23:55:21 -0300
De: pnascentes
Assunto: Re: Vale a pena contar aqui na lista? Prof. Dr. Przemyslaw Grybowski
Caro Emílio,
Dou a mão à palmatória, como dizia vovó. E trato de aprender a lição.
Também tive o prazer, de repente, não mais que de repente, de conhecer o
Prof. Dr. Przemyslaw Grybowski. Também imaginei um europeu frio e encontrei
um jovem Prof. Dr. muito aberto e simpático. E também fui a ele apresentado
pela Super-MiMa. E pude filmar uma classe dele com jovens adolescentes do
Educandário espírita Lázaro Zamenhof, em Sobradinho, próximo a Brasília.
Gravei uma animada e excelente entrevista com ele para nosso programa na
União Planetária, "Esperanto Instrumento de uma Globalização Solidária".
Como não poderia deixar de ser, para minha alegria, gravei também uma
entrevista com a Neusa Priscotin Mendes, a MiMa. Assim que as pudermos
editar, irão ao ar.
Bom, agora acabei contando. Também conto a honra que tive de fazer palestra,
dia 1 de setembro último, na sala Oficina das Idéias, ocorrida na Feira do
Livro de Brasília, como parte da programação da barraca conjunta
BEL/Associação Brasiliense de Esperanto/Taguatinga Esperanto-Klubo. O tema
foi "Mudança de Paradigma na Comunicação Internacional - o Esperanto".. Na
ocasião o afinado grupo musical Nova Era, de Brazlândia, apresentou três
músicas em esperanto. Integram o grupo os esperantistas Amélia, Shirlene,
Adair, Estácio, entre outros.
Informis: Paulo Nascentes





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terça-feira, 4 de julho de 2006

O Ensino de Línguas Estrangeiras nas Escolas

(Trecho de palestra proferida pelo Prof. Pedro Cavalheiro,no evento "Esperanto nas Arcadas II", ocorrido no dia 10 de outubro de 2003 na Faculdade de Direito da USP no largo de São Francisco em São Paulo.)

Convido vocês para uma reflexão sobre algo estranho que acontece no ensino brasileiro sem que se conteste ou discuta.
Antes de qualquer coisa eu pergunto: qual é o papel da escola? Em última análise, é FORMAR. A palavra formar concentra todos os objetivos buscados pela escola.
Muito bem. Então, pergunto a vocês: o ensino da língua inglesa na escola objetiva formar o quê? Com o que pode contribuir para a formação de nossas crianças e jovens o ensino dessa língua na escola?
Vejamos: contribui para a formação do cidadão brasileiro? Aumenta a auto-estima, o orgulho de ser brasileiro? Ou talvez contribua para a formação de um cidadão do mundo? Será que o ensino dessa língua de origem antípoda à língua portuguesa, ou seja, anglo-saxônica, contribui para um melhor aprendizado da língua portuguesa que é neolatina? Será que contribui para um melhor conhecimento de geografia ou de história universais? Será que ajuda a desenvolver o raciocínio lógico matemático?
Para todas essas perguntas a resposta é NÃO.
E quanto à eficácia do ensino do inglês nas escolas de 1º e 2º graus? Você conhece alguém que fale fluentemente a língua inglesa, que tenha aprendido a referida língua só nos bancos escolares? Com certeza não. Todas as pessoas que falam inglês o aprenderam em institutos de idiomas e a maioria esmagadora precisou viajar para países de língua inglesa para finalmente dominarem tal idioma anglo-saxão. Será por incompetência dos professores? Não. Existe algo mais forte que a determinação de países economicamente fortes de varrerem o mundo com a imposição de sua língua e, conseqüentemente, sua cultura: o aparelho fonador.
É tecnicamente impossível. Simplesmente. Uma língua com 12 sons para a letra "a" é absolutamente vulnerável a sotaques e a distorção é inevitável. Resta apenas a possibilidade de uso como língua escrita. É só viajar pelo mundo e constatar como fala a língua inglesa um japonês, um grego etc.
Mas nem como língua escrita o sistema educacional logra êxito em ensinar. O tempo é exíguo e muito poucos alunos tem interesse em aprender essa língua apesar de toda a massificação pela música, cinema, grifes etc.
Interessante: os jovens nascem e crescem sob bombardeio da língua inglesa e mesmo assim não estão interessados em aprendê-la. Isso já diz muito por si só.
Mas voltando ao tema, então por que insistimos em impingir o inglês às nossas crianças e jovens?
Porque como disse no começo, a escola FORMA. E nesse caso, forma consumidores dóceis da cultura norte-americana e inglesa. Consumidores de música, cinema, turismo e tudo mais que nos chegue em inglês. É fácil constatar. Se eu colocar aqui para tocar um Rock em, digamos, japonês ou grego, muita gente vai rir ou achar estranho demais. Mas ouvimos Rock em inglês, que é língua de origem antípoda à nossa, como já dissemos, e achamos "natural", "bonito". Nossos ouvidos foram treinados para gostar, para não estranhar, para consumir. E assim a escola atingiu o único objetivo que tem podido alcançar com o ensino do inglês: formar consumidores de inglês. Não falantes. Não leitores. Não usuários. Não beneficiários. Apenas dóceis consumidores.
O espanhol é ainda recente como disciplina em nossas escolas mas a pergunta também cabe em se tratando dessa língua porque as crianças e jovens, apesar da proximidade da origem lingüística do espanhol com o Português, estão saindo da escola sem saber falar espanhol.
Logo surge uma pergunta óbvia: por que o Brasil, nação soberana, ensina inglês a crianças e jovens brasileiros? E da forma que ensina, ou seja, para formar dóceis consumidores? O que o Brasil ganha com isso? Apoio Norte Americano para transações internacionais como, por exemplo, a ALCA? Quem afinal ganha com isso? Digo, no Brasil? Mesmo essa frase de efeito elaborada para vender cursos de inglês "aprenda inglês e melhore seu salário", não é o que move os cérebros pensantes do MEC a manterem o inglês como disciplina obrigatória nas escolas. Disciplina, aliás, que não pode reprovar ou reter alunos, mas que rouba tempo precioso de aprendizado de matemática, português, história ou a tão urgente e indispensável disciplina "Ética".
Um país sério, democrático e que se preocupa com seus cidadãos, deveria ter em todas as escolas da rede pública seja municipal, estadual ou federal, um centro de línguas, onde a criança e o jovem pudessem aprender gratuitamente e sem obrigatoriedade. Ou seja, inglês, espanhol, italiano, francês, alemão etc. Esses centros ofereceriam cursos em período de aula oposto ao do aluno. No período de aula o aluno aprenderia disciplinas que FORMAM. No outro período encontraria na escola cursos de línguas, de graça, onde participariam crianças e jovens interessados em aprender, já que procuraram tais cursos. Formaríamos uma diversidade de habilidades e competências lingüísticas para uma sociedade etnicamente plural como é a sociedade brasileira para um mundo globalizado e não "anglicizado". Ofereceríamos oportunidades reais de aprendizado de línguas para crianças e jovens brasileiros que não podem freqüentar escolas particulares de línguas. Isso sim seria ensino de qualidade gerador de oportunidades.
E o Esperanto? Essa língua neutra reconhecida e recomendada pela Unesco que pediu em resolução oficial aos Estados Membros que passassem a "instigar a introdução de programas de estudo sobre o problema da língua e sobre o Esperanto em suas escolas e suas instituições de ensino superior" (resolução de 8.nov.1985 na 36ª sessão plenária em Sófia, Bulgária). E o Brasil é membro da Unesco.
Experiências realizadas em vários países demonstraram que o Esperanto, além de ponte lingüística de fácil domínio e neutra, ou seja, não impõe a cultura de determinado povo a quem o aprende, é propedêutico. Aprendendo o Esperanto, a criança na fase pré-escolar, desenvolve habilidade fonética para o aprendizado de línguas porque trabalha todos os pontos de articulação da caixa de ressonância do aparelho fonador. Ou seja, o Esperanto promove nessas crianças um desbloqueio fonético tornando-as capazes de pronunciar os sons de outras línguas.
Para as crianças do 1º e 2º graus, o Esperanto desenvolve o raciocínio lógico matemático, estimula o aprendizado de história e geografia assim como o interesse por conhecer as culturas dos povos do mundo. O Esperanto forma cidadãos, do país onde é ensinado, porque estimula o sentimento de fraternidade e cooperação e porque não cria sentimentos de inferioridade frente àqueles povos cujas línguas, crianças e jovens vêem-se obrigados a aprender. O Esperanto forma cidadãos do mundo porque os textos didáticos desenvolvidos para o seu ensino falam sempre de diversos povos e não de um só e o foco das situações é sempre humano e não doutrinatório.
O aprendizado do Esperanto facilita a compreensão da língua portuguesa devido a sua estrutura gramatical lógica e simples. E mais: o Esperanto é uma língua possível de se ensinar na escola de 1º e 2º grau. Estudos mostram que o Esperanto é pelo menos dez vezes mais fácil de aprender do que o inglês, conforme noticiou a revista News Week de 11 de agosto de 2003. O aluno pode sair realmente falando, comunicando-se através dele. E comunicando-se com o mundo porque o Esperanto está presente em quase todos os países do mundo e de maneira organizada: A Associação Mundial de Esperanto mantém relações oficiais e consultivas com a Unesco e uma rede de delegados em todo o mundo.
O mundo inteiro não fala Esperanto ainda, mas no mundo inteiro se fala Esperanto. Por isso o Itamaraty estuda oferecer cursos de Esperanto aos diplomatas brasileiros, como noticiou o Jornal O Globo de 3 de outubro deste ano.
A Internet é uma ponte de aproximação entre todos os povos do mundo, mas é preciso vencer a barreira lingüística para cruzar essa ponte com plenitude.
O Esperanto é a melhor resposta para uma inquietação da Unesco e de estudiosos de todo o mundo nos dias de hoje: preservar a diversidade cultural do planeta, ameaçada pelo bombardeio unilateral de culturas de países economicamente fortes. A diversidade cultural está tão ameaçada quanto a biodiversidade, conforme demonstra o ilustre professor e escritor italiano Umberto Eco (autor de O Nome da Rosa) quando diz: "Em minhas freqüentes viagens a muitos países, principalmente à França e à Alemanha, tenho ouvido constantemente queixas de que a língua inglesa, tendo-se hipertrofiado no nível de língua internacional, constitui-se num perigo de natureza imperialista para as línguas nacionais, as quais vão perdendo terreno diante dela. então digo-lhes: a solução é simples. comecem a ensinar o Esperanto a seus filhos e o perigo desaparecerá."
O Esperanto contribui para a formação de seres éticos porque promove a democracia lingüística nas relações internacionais e a crença na igualdade entre os povos. Em outras palavras, o aprendizado do Esperanto forma humanistas.
Mas se em um primeiro momento, a escola brasileira deixar de tratar seus filhos, os brasileiros, como vassalos consumistas de tudo que venha em língua inglesa e utilizar o escasso tempo de sala de aula FORMANDO aquilo que realmente interessa ao Brasil. Se puder oferecer ensino pluricista de línguas em centros de idiomas estabelecidos em cada escola pública, convidando e estimulando o seu aluno a espontaneamente aprender a língua que quiser, oferecendo aos mais carentes oportunidades (no plural) para competir em uma sociedade cada vez mais plural. Se puder contribuir dessa forma para uma globalização não pasteurizante, não homogeneizante e destruidora da diversidade cultural, mas sim enriquecedora e enriquecida pela fruição dessa diversidade, já terá dado um enorme passo em direção ao futuro. O Esperanto pode vir depois. O Esperanto é um caviar cultural. Precisamos ter capacidade e coragem para cuidar, pelo menos, do arroz com feijão. Precisamos instituir um "Fome zero de cultura".

domingo, 25 de junho de 2006

ESPERANTO FORA DA TOCA


Para início de conversa, deixo aqui minha primeira sugestão: abertura do arquivo www.npoint.com.br/sementeira/asestrelasdomar.pps (É bem possível que essa apresentação faça com que você reconheça que o esperanto não é uma utopia).

ENATED- I Encontro Nacional de Tutores de Educação a Distância (“Inconferência” on-line, 10 a 21 de julho de 2006).

Não me lembro como descobri o sítio
www.vivenciapedagogica.com.br. Só sei que acabei me cadastrando como usuário do mesmo em 18 de abril 2006. Para quem se interessa por educação de um modo geral e por educação a distância, em particular, afirmo tratar-se de algo extremamente interessante. Merece ser visitado. Quanta informação atualizada!

Em 2002 tomei conhecimento da existência de um recurso pedagógico, considerado verdadeiro “ovo-de-Colombo”
:” WebQuest” . Esse recurso é devidamente explorado nas páginas de “Vivência Pedagógica”. Estimulado por tal tipo de leitura, vislumbrei a possibilidade de dar prosseguimento ao projeto de criação de uma “WebQuest” destinada a despertar o interesse de educadores e de educandos de todos os níveis, por uma análise isenta de preconceitos a respeito da importância da adoção de uma língua neutra internacional (Querendo saber mais a respeito do andamento do projeto interrompido,visite a página www.npoint.com.br/sementeira/projetowebquest.html .) Assim como acontece com o esperanto, WebQuest é, também, assunto que deveria ser conhecido por um número infinitamente maior de pessoas. O dito popular “uma mão lava a outra” expressa exatamente o que considero viável: difundir o esperanto no meio educacional, utilizando a metodologia preconizada por Bernie Dodge e tornar essa metodologia mais valorizada do que já é, pelo enriquecimento e diversificação do repertório de temas que constituem os sítios em formato WebQuest.

Ao examinar as mais recentes novidades publicadas nos boletins informativos do portal “Vivência Pedagógica”, tomo conhecimento da notícia da realização do I Encontro Nacional de Tutores de Educação a Distância ( “Inconferência” on-line, 10 a 21 de julho de 2006). A página nos fornece os indispensáveis esclarecimentos para que não hesitemos em participar desse interessantíssimo encontro. Meu primeiro impulso, após a leitura dessa página, foi o de efetivar minha inscrição como participante do encontro e, posteriormente, de acordo com o calendário previsto, propor a discussão do tema “Divulgação do esperanto no meio educacional” , ciente de que estaria assumindo a responsabilidade de “dinamizar e conduzir a discussão desse tema no espaço virtual e no período que a comissão organizadora atribuísse para esse fim”. Infelizmente, acometido de inesperada pneumonia, fiquei impedido de realizar em tempo útil a preparação adequada para a condução dos debates sobre o tema que seria proposto. Entretanto, nada impediu que me inscrevesse como simples participante do evento. Dentre as iniciativas que pretendia tomar estava a criação e divulgação deste blog, com a antecedência necessária para que esperantistas freqüentadores das nossas listas de discussões também viessem a se interessar pelo ENATED , enriquecendo com suas contribuições os debates sobre o tema em questão. Nem tudo acontece como gostaríamos que ocorresse, mas...
Oportunamente, tentarei fornecer mais notícias sobre o andamento do encontro que aguardo com ansiedade.
Até breve!
Fernando J G Marinho